A modularidade da nova plataforma será bem grande, ao mesmo tempo que os custos de produção deverão ser bem menores
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A modularidade da nova plataforma será bem grande, ao mesmo tempo que os custos de produção deverão ser bem menores

Mercados emergentes, como os da América Latina, Rússia e Índia, ainda têm entraves para viabilizar o uso dos carros elétricos e híbridos, tal como os veículos a combustão. 

Apesar disso, o Grupo Volkswagen decide criar uma plataforma para elétricos que atenda justamente os emergentes. O projeto, criado pela marca Skoda, consiste em implementar uma solução que reduza significativamente os custos de produção e tenha bastante flexibilidade.

Desse modo, as novidades para o segmento dos eletrificados deverão contar com preços bem mais competitivos, ante os carros a combustão . O líder de projeto da Skoda, Jiri Dytrych, concedeu entrevista ao site Automotive News Europe, para detalhar a novidade que beneficiará os carros elétricos e híbridos do Grupo Volkswagen .

Primeiramente, Dytrych conta que o novo projeto tem o objetivo de poder ser fabricado em cada um dos países a que será destinado, ao contrário do que ocorre hoje com a plataforma MQB-A0 , feita na Europa e exportada ao mundo. Com isso, incentivos governamentais dos países podem contribuir ainda mais para a execução.

Além da redução de custos de produção — que deixará todos os modelos derivados dessa plataforma com preços bem mais acessíveis — a novidade deverá, inclusive, ser utilizada em novos modelos com sete lugares , segundo Jiri Dytrych. A missão é atender carros de quatro até 4,7 metros de comprimento.

Projeções do Grupo VW

Documento revela mais detalhes oficiais sobre a nova plataforma do Grupo VW
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Documento revela mais detalhes oficiais sobre a nova plataforma do Grupo VW

As projeções do Grupo VW são de que a venda de carros a combustão nestes países crescerá 58% nos próximos 10 anos, chegando 7,5 milhões de unidades, e depois para 8,5 milhões até 2036.

Dytrych afirma que o primeiro veículo com a nova plataforma da VW será lançado após 2025, o que deixa bem claro que ela será adotada apenas para a próxima geração dos modelos no Brasil. Como o ciclo de investimento atual de R$ 7 bilhões será usado até 2026, o primeiro carro desta nova leva só deve aparecer após esta data.

O executivo ainda afirma que reunirá as demandas de todos os países emergentes para que a plataforma para carros elétricos e híbridos seja completa na hora de atender a todos. “Por exemplo, Rússia leva segurança cibernética e testes de colisão mais a sério do que a América do Sul, enquanto os clientes indianos demandam mais integração com os smartphones do que os russos”, diz Dytrych.

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