Não importa a marca, todo o mercado está sofrendo com a crise econômica. Mesmo liderando as vendas desde 2015, a General Motors vai demitir 900 funcionários da fábrica em São Caetano do Sul (SP). De acordo com o sindicato dos metalúrgicos, os demitidos fazem parte do grupo de 2.250 que estão contratos suspensos.
Inicialmente, o plano da montadora era afastar 1,5 mil empregados. No entanto, uma reunião com o sindicato levou a um acordo para reduzir as demissões para 900. Os funcionários restantes continuarão em lay-off até o início de abril. É uma solução temporária, que serve apenas para segurar os metalúrgicos enquanto o sindicato volta a negociar com a GM – a próxima reunião será na quarta-feira (9). A fábrica-matriz já havia perdido cerca de 500 empregados em julho de 2015.
É a segunda demissão que a GM faz desde o início do ano. Em janeiro, a fabricante encerrou o contrato com 520 trabalhadores da fábrica em São José dos Campos (SP). Os cortes são puxados pela queda nas vendas dos modelos que saem desses complexos. São Caetano fabrica Cobalt , Cruze , Montana e Spin , enquanto São José é responsável pelo TrailBlazer e a picape S10 .
Poderia vir mais um problemão para os funcionários da GM. A fábrica em São Caetano deve perder a produção do Cruze para a Argentina. A marca ainda não confirma, mas a investiu US$ 450 milhões no complexo em Rosário para que seja capaz de fabricar a nova geração do sedã. Porém, o espaço será preenchido com o novo carro de entrada da Chevrolet , construído com base no Onix e que irá aposentar o ancião Celta .
De acordo com os dados da Fenabrave, apenas dois carros da Chevrolet não tiveram queda das vendas em fevereiro. O sedã Cobalt , reestilizado em dezembro de 2015, emplacou 1.331 unidades e se aproximou um pouco do Honda City , líder do segmento com 1.350 veículos vendidos no mês passado. O outro modelo é o Camaro , que contabiliza 53 unidades desde o início do ano. Mesmo o Onix , atualmente o carro mais vendido do país, emplacou 10.326 unidades, 2.624 a menos do que em janeiro.