Em 1951, Enzo Ferrari se encontrou com Battista “Pinin” Farina em Tortona , uma cidadezinha no norte da Itália. No final da reunião a empresa de Battista foi contratada para desenhar os carros da Ferrari . Com exceção da Dino 308 GT4 de 1973 e da La Ferrari de 2013 , desde então, todas (sim, TODAS) as Ferraris são desenhadas pela Carozzeria Pininfarina . Passados 65 anos, em 2016, no Salão de Genebra , a Pininfarina mostra que é possível combinar a deliciosa irresponsabilidade de pilotar um carro de altíssima performance com a responsabilidade de não agredir o meio ambiente. A fábrica classifica o protótipo Pininfarina H2 SPEED como algo entre um carro de corrida e um super esportivo.
Movido a hidrogênio? Que diabos é isso? Essa tecnologia é genial, pena que ainda é cara... A química nos diz que ao combinar hidrogênio com oxigênio é produzida eletricidade e H2O (água). A eletricidade é usada para mover o H2 SPEED e a água pura é o que sai pelo escapamento do carro. Há alguns anos andei num carro experimental da GM movido a hidrogênio. No final do teste o instrutor colocou uma jarra sob o escapamento e acelerou o carro. Após coletar líquido produzido pelo carro, encheu alguns copos e todos nós bebemos a “emissão” daquele carro: água pura!
A eletricidade gerada pela reação do hidrogênio com oxigênio move dois poderosos motores elétricos que enviam 503 cavalos diretamente para o eixo traseiro, sem embreagem, cambio ou mudança de marchas. O resultado dessa tecnologia pode ser medido nos 3,4 segundos que o carro leva para acelerar de 0 a 100km/h e na velocidade máxima de 300 km/h que atinge.
Com esse carro a Pininfarina dá mais um passo em direção ao que, até há pouco tempo, parecia impossível: combinar alta velocidade, performance, inovação e design com respeito ao meio ambiente. Eles só não disseram quanto custará para você fingir que comprou o H2 SPEED por causa das suas profundas convicções sócio-ambientais. Veja o video e mais fotos abaixo.
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