Por Nícolas Tavares, de Iracemápolis (SP)
Das três grandes marcas premium alemãs, a Mercedes-Benz era a única que ainda não estava produzindo no Brasil. Fato curioso, já que ela foi a segunda a anunciar que iria fabricar carros por aqui em outubro de 2013, quase ao mesmo tempo que a Audi . Dois anos depois, enfim, é inaugurado o complexo em Iracemápolis, no interior de São Paulo.
As operações começam com o sedã Classe C , enquanto que o crossover GLA fica para o segundo semestre. A capacidade inicial de produção é de 20 mil veículos por ano. A construção segue o índice de nacionalização previsto pelo Inovar-Auto, de 55%. Vários componentes como portas e para-choques chegam prontos da Alemanha. O motor também é apenas montado aqui.
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"Acreditamos nas perspectivas de longo prazo do mercado de automóveis no Brasil," declara Markus Schäfer, executivo de Produção e Logística da Mercedes-Benz. "A fábrica de Iracemápolis será referência para as fábricas de porte médio em termos de layout e tecnologia. Assim, conseguimos uma produção altamente flexível e de alta qualidade para atender a demanda local".
Serão produzidas todas as versões comuns do Classe C e GLA – nada de AMG. Ou seja, C180, C200 , C250 , GLA 200 e GLA 250 . “Vamos trabalhar só com esses modelos no começo”, explica Holger Marquadt, diretor-geral de marketing e vendas. “A fábrica tem capacidade para produzir mais, porém isso vai depender do mercado brasileiro.”
E por que não fabricar o CLA e Classe A também, já que são os carros de entrada da marca? Simples. Mesmo estando posicionado acima do CLA , o Classe C vende muito mais. Já o GLA é fácil entender, aproveitando a moda do SUVs no Brasil.
*Viagem à convite da Mercedes-Benz