Controle eletrônico de estabilidade (ESP) é um dos itens de segurança mais importantes dos últimos anos, tanto é que tanto a União Europeia quanto os Estados Unidos já o tornaram obrigatório. Por aqui, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou que o sistema será padrão no Brasil a partir de 2022. A PROTESTE tenta convencer o governo a mudar de ideia e adiantar os planos com um teste que mostra a diferença que o equipamento faz.
A prova tupiniquim é baseada no famoso teste do alce utilizado na Europa. O motorista tem que desviar de um obstáculo (no Velho Continente, usam um boneco do animal) que aparece de repente. No teste da PROTESTE, o piloto Cesar Urnhani apenas fingiu que estava desviando de algo na pista.
Como pode ver no vídeo, o resultado é óbvio. O Ford EcoSport SE 1.6, que não tem controle de estabilidade, quase capotou a 70 km/h, enquanto a versão Freestyle , que tem o equipamento, desviou sem nenhum problema.
O controle de estabilidade funciona monitorando a direção. Quando capta que há uma perda de controle, ou movimentos buscos demais, o equipamento entra em ação. Os freios são alternados individualmente de acordo com a estimativa do sistema, para gerar torque oposto o lado que está derrapando. Se necessário, ele também corta a potência do motor para reduzir a velocidade.
A tecnologia surgiu em 1995, quando Mercedes-Benz , BMW e Toyota introduziram suas próprias versões do sistema. Só se tornou realmente famoso com o infame case do Mercedes-Benz Classe A que capotou em um teste a 78 km/h. Como a Mercedes sempre se orgulhou de fazer carros seguros, fez um recall de 130 mil unidades para equipá-las com o controle de estabilidade. A redução no número de acidentes foi tão grande que outras marcas começaram a adotar o sistema.
Na Europa, foi decidido em 2009 que todos os carros novos teriam que ter controle de estabilidade. A adoção foi gradual: em 2011, os veículos só recebiam a homologação se tivessem o equipamento. Em 2014, passou a ser obrigatório para qualquer veículo novo a ser registrado no continente. Nos Estados Unidos, as marcas foram equipando seus carros com o item aos poucos até 2011, quando tornou-se obrigatório. Até nossos vizinhos argentinos já se preparam para adotar o sistema em 2018.