Seu carro é seguro? Há alguns anos, seria difícil responder essa pergunta, pela completa ausência de um teste de colisão. Desde que o Latin NCAP começou a pegar os carros da América Latina e colocar à prova, o jogo mudou. Ontem a entidade divulgou o resultado de mais dois veículos  e o colombiano Chevrolet  Sail bombou. Vamos aproveitar o momento e falar dos automóveis menos seguros que ainda são vendidos no Brasil, começando pela menor nota.

Metodologia usada pelo Latin NCAP no teste de colisão frontal
Divulgação/Latin NCAP
Metodologia usada pelo Latin NCAP no teste de colisão frontal

O teste do Latin NCAP é realizado com uma batida frontal a 64 km/h contra uma barreira deformável, atingindo 40% da dianteira do veículo do lado do motorista. É o equivalente a uma colisão entre dois veículos em que cada um viaja, aproximadamente, a 55 km/h. O resultado é medido pelos sensores instalados nos bonecos e pelo nível de deformação da estrutura do veículo.

1º - JAC J3


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Divulgação/Latin NCAP

Resultado do teste de colisão do JAC J3

O resultado do hatch chinês é emblemático. Como o Latin NCAP disse quando publicou o desempenho do JAC  J3 : “Ter airbags não significa que os passageiros estão seguros”.  A carroceria do compacto deformou de uma forma que fez a cabeça e o peito do motorista afundarem na parte inferior do airbag. Os pedais invadiram a área do assoalho, um perigo para as pernas. Já a cadeirinha infantil se deslocou mais do que deveriam, colocando a criança em risco.


2º- Fiat Palio ELX/Fire


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Divulgação/Latin NCAP

Resultado do teste de colisão do Fiat Palio ELX/Fire.

Fiat Palio ELX ? Mas ele saiu de série! Não exatamente, já que é o mesmo carro usado como o Palio Fire , atualmente o automóvel mais barato da Fiat . Quando foi testado em 2010, o hatch mostrou que os pretensores do cinto de segurança não funcionavam muito bem. Além disso, o painel tem estruturas perigosas que poderiam impactar nos joelhos do motorista. Para piorar, instalar as cadeirinhas infantis era uma confusão, pela falta de instruções. As cadeiras recomendadas pela marca não eram compatíveis com os cintos de segurança.


3º - Chevrolet Onix


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Resultado do teste de colisão do Chevrolet Onix

O carro mais vendido do Brasil teve um resultado mediano para a proteção dos adultos e ruim para crianças. O cinto de segurança não é suficiente para evitar que o motorista bata o peito contra o volante e, assim como o Palio Fire , peças do painel podem atingir as pernas. O mais impressionante é que o chão da área dos pés do motorista foi aberto com a colisão. A cadeira infantil no banco traseiro se deslocou excessivamente para frente. Não há botão para desligar o airbag do passageiro, impossibilitando o uso adequado de uma cadeirinha.


4º - Nissan March


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Resultado do teste de colisão do Nissan March

O Nissan March até foi bem no teste para adultos, apresentando boa proteção no geral. Novamente, o painel possui algumas estruturas que podem atingir as pernas, o que abaixou a nota do hatch. Porém, quase bombou na proteção para crianças. Não tem cinto de três pontos em todos os bancos e, pior ainda, não conseguiram instalar várias cadeirinhas infantis diferentes. Quando conseguiram usar uma cadeirinha, ela não ficou no local durante o impacto. Faltou também o botão para desligar o airbag do passageiro.


5º - Renault Duster


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Resultado do teste de colisão do Renault Duster

Ao contrário do March , o Renault Duster quase não conseguiu obter as quatro estrelas para adultos. No entanto, há um ponto importante quando olhamos para esse resultado. O modelo testado é o colombiano, que tem apenas um airbag. Tirando esse detalhe, o Latin NCAP declarou que a estrutura do SUV é instável, oferecendo problemas no teto e no chão, além da porta do motorista ter deformado de uma forma que dificultou sua abertura após um acidente. Novamente, os cintos não foram suficientes para segurar a cadeirinha infantil nos bancos traseiros e, na versão com airbag duplo, faltou o botão do airbag do passageiro.


6º - Citroën C3


Você viu?

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Resultado do teste de colisão do Citroën C3.

A carroceria instável do Citroën C3 colocou em risco a área do peito do motorista e do passageiro. É mais um que apresenta o problema de peças do painel causando danos às pernas. O que pesou para a proteção infantil foi, surpresa, falta o botão de desativação do airbag de passageiro e cinto do segurança não foi capaz de reter a cadeirinha no lugar.



7º - Volkswagen Fox


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Resultado do teste de colisão do Volkswagen Fox

A partir do Volkswagen  Fox , começamos a ver uma melhoria significante na proteção para adultos, mas ainda falta muito no quesito infantil. Continua a pecar pela presença de estruturas do painel que podem ferir o motorista, falta de desativação do airbag de passageiro, ausência de ISOFIX e o cinto de segurança traseiro não segurar a cadeirinha.




8º - Renault Fluence


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Resultado do teste de colisão do Renault Fluence

Mesmo sem pretensores de cinto de segurança, o Renault Fluence protegeu bem os passageiros, embora tenha peças perigosas no painel. Também segurou a cadeirinha no lugar, mas faltaram instruções de instalação e advertências sobre os perigos de colocar a cadeira no banco do passageiro com o airbag ligado.




9º - Nissan Versa


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Resultado do teste de colisão do Nissan Versa

Bem estruturado, o Nissan Versa mostrou-se capaz de suportar batidas ainda mais fortes sem tanto perigo aos passageiros. Só que não tem cinto de três pontos em todos os bancos traseiros, não dá para desativar o airbag e nem toda cadeirinha consegue ser instalada no carro – da mesma forma que o March.




10º - Toyota Etios


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Resultado do teste de colisão do Toyota Etios

O compacto da Toyota  apresenta o menor índice de danos para os passageiros adultos e, assim como o Versa , seria capaz de manter a proteção em impactos mais fortes. Embora tenha conseguido segurar a cadeirinha para a criança de um ano e meio, as demais atingiram o limite biomecânico, indicando o perigo para elas. E, como todos os carros da lista, possui peças no painel que podem machucar, de acordo com o Latin NCAP.

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