
A Volkswagen anunciou na última segunda-feira (16) que teve que interromper a produção das fábricas em São Bernardo do Campo e Taubaté (SP). No dia seguinte fez o mesmo com o complexo em São José dos Pinhais (PR), enquanto a Fiat Chrysler Automóveis paralisa a produção em Betim (MG), a maior fábrica da Fiat no mundo, responsável por quase toda a linha da marca. O que as duas tem em comum: falta de peças para bancos, consequência da suspensão de fornecimento de componentes da Keiper/Prevent.
A justificativa é a mesma em ambos os casos, uma dívida não paga. A Prevent diz que a Volkswagen deve R$ 661 mil, referente a reajustes de preços que foram acordados, mas não cumpridos. Após entrar na justiça, a Volkswagen conseguiu uma liminar na 2ª Vara Cível de São Bernardo do Campo (SP) na última segunda-feira (16), determinando que voltem a fornecer as peças em até 24 horas ou pagar uma multa diária de R$ 500 mil. Em nota, a Volkswagen afirma que as suspensões de fornecimento “são acompanhadas de solicitações sucessivas de aumento abusivo de preços e pagamento injustificado de valores sem respaldo contratual ou econômico para as empresas do Grupo Prevent.”
No caso da Fiat, a Prevent afirma que a fabricante está devendo e que, logo após ter feito um pedido, anunciou férias coletivas. Essas férias seriam a paralização de dez dias que começou no dia 25 de abril, para ajuste da produção à demanda do mercado. A assessoria da Fiat nega a dívida e diz que o fornecimento foi cortado sem aviso prévio, enquanto negociavam o reajuste de preços.
Após negociações, a Fiat conseguiu que a empresa retomasse o fornecimento, o que deve acontecer ainda essa semana, já que a Prevent havia dado férias aos seus funcionários. Até o momento, a Volkswagen não confirma se a medida judicial foi cumprida ou não. Procurada pela reportagem iG Carros , nem a Keiper e nem a Prevent responderam às inúmeras tentativas de contato.