
Um dos pontos que as fabricantes sempre costumam trabalhar nos motores em busca de mais eficiência é a taxa de compressão, que nada mais é do que quantas vezes a mistura ar-combustível (que ocupa todo o cilindro) precisa ser comprimida para caber na câmera de combustão. Mas, pelo menos até agora, essa taxa estática é fixa, limitada por itens como desenho do virabrequim e o volume da câmara de combustão.
Mas a Infiniti, marca de modelos premium da Nissan , quer mudar isso com o motor com taxa de compressão variável, que será apresentado no próximo Salão de Paris (França), entre os dias 1 e 16 de outubro. Antes de entrar em detalhes sobre a novidade também é preciso saber que quanto maior for a taxa de compressão melhor rendimento um motor terá. Mas se não pode aumentar muito a taxa, senão pode ocorrer a chamada pré-ignição, também conhecida como “batida de pino”, pelas altas temperaturas que a mistura ar-combustível fica submetida.
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Pensando fora da caixa
Para tentar contornar isso, a engenharia automotiva adotou algumas soluções, como combustíveis com alta octanagem ou com anti-detonantes, como chumbo tetraetila ou etanol. Também usaram recursos para diminuir a temperatura da câmara de combustão e, recentemente , injeção direta de combustível em altíssima pressão. Mas com o emprego dos sistemas sobrealimentados, as temperaturas voltaram a subir novamente.
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Com o novo motor com taxa de compresso variável VC-T, a Infiniti quer mostrar uma nova solução. Por enquanto, o que se sabe é que a taxa pode variar de 8:1 até 14:1, conforme for necessário para alcançar o máximo de eficiência sem correr o risco de haver pré-ignição. Para isso, usam um braço atuador que desloca o conjunto formado por pistões e bielas para cima ou para baixo, alterando o volume da câmara de combustão, como pode ser visto na ilustração abaixo.
