Em meados de 2012, o mercado automotivo brasileiro estava uma maravilha. Depois do recorde em emplacamentos de 2011, com 3.632.842 unidades, tudo caminhava para que aquele ano superasse a marca – o que aconteceu, fechando o ano com 3.801.859 veículos vendidos. Todo mundo queria participar da festa, mesmo com as regras do Inovar-Auto limitando as importações, com algumas fabricantes participando do Salão do Automóvel de 2012.
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Veio 2013 e a perspectiva mudou. O Inovar-Auto trouxe um protecionismo exagerado que afetou algumas fabricantes, o dólar começou a aumentar e a economia foi perdendo fôlego. O resultado foi o início da queda do mercado automotivo. Cautelosas, as marcas engavetaram os planos para o Brasil, preferindo não investir em uma operação que não iria dar retorno. Vamos relembrar cinco fabricantes que prometeram vir ao Brasil, mas acabaram revendo os planos:
Acura

A marca da luxo da Honda era uma das fabricantes que fez muito alarde sobre sua vinda ao Brasil. Estavam no Salão do Automóvel de 2012, com o Acura NSX , a nova versão do lendário esportivo que teve participação de Ayrton Senna em seu desenvolvimento. A promessa era trazer os primeiros carros em 2015. Porém, o dólar subiu de R$ 2,00 para R$ 2,40, o governo aumentou os impostos para 30 pontos percentuais para veículos importados e o mercado começou a recuar.
Cadillac

A General Motors também ia apostar no segmento de luxo com a Cadillac. Desde 2012 vinham planejando como trazer os primeiros modelos ao Brasil. Também subiu no telhado por culpa da alta do dólar. Outro problema era o esforço para criar uma estrutura única de vendas, sem depender das concessionárias da Chevrolet . Desde então, já cancelaram e reconfirmaram várias vezes. A última informação, do começo de 2016, é de que uma empresa terceirizada cuidaria da logística.
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Great Wall

Quando a Hyundai decidiu vir ao Brasil, muito se discutiu nos bastidores sobre como ficaria o relacionamento com o Grupo Caoa, até então sua representante oficial no País. Começaram a olhar para uma marca chinesa, a Great Wall , e a história ganhou mais força quando a Caoa disse que iria construir uma nova fábrica na Paraíba. Nada disso aconteceu. A marca disse que iria produzir carros por aqui em operação própria. No final das contas, nenhuma das duas fabricantes trouxeram os veículos da Great Wall para o Brasil.
Haima

Outra marca chinesa que prometeu vir ao Brasil, a Haima deveria ter quatro veículos à venda por aqui, representada pela empresa Districar. Esse papo vem desde 2010, chegando ao auge em 2012, quando a fabricante teve um estande no Salão do Automóvel e a Districar anunciou a construção de uma fábrica que iria produzir carros da Haima , Changan e Ssangyong . Continuaram a fazer promessas até 2013, dessa vez projetando o início das operações para o final de 2014. Desde então, a Districar desapareceu e nunca mais ouvimos falar da Haima.
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Infiniti

Nos mesmos moldes que a Toyota usava com a Lexus no Brasil, a Nissan iria trazer a Infiniti. Anunciaram durante os treinos classificatórios da Fórmula 1 de 2012, com a presença do presidente mundial da marca. Pelos mesmos motivos que as fabricantes de luxo Acura e Cadillac , tiveram que engavetar os planos, esperando por um momento melhor do mercado automotivo. O sedã Q50 , que seria seu carro-chefe do lançamento, continua rodando por aqui, avistado diversas vezes em São Paulo.