Como já é costume, o site WardsAuto segue com sua tradicional premiação que elege os interiores automotivos mais belos do ano. Depois de muito discutir, os editores da publicação conseguiram reduzir a lista de 31 concorrentes para os 10 vencedores, escolhidos não só pela estética, mas também pelo uso de novas tendências de design ou novas tecnologias de formas inovadoras.
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As regras para eleger as melhores interiores de 2017 são bem simples. Os carros devem ser modelo 2017 (por isso o nome), sem nenhuma limitação sobre seu preço, permitindo que tanto versões baratas quanto veículos de alto luxo participem da competição. São avaliadas a estética, conforto, ergonomia, materiais usados, acabamento e a facilidade para utilizar os equipamentos eletrônicos.
“Nós nos esforçamos todos os anos para compilar uma lista que é diversificada, representando tantos segmentos e faixas de preço quanto possível”, explica Drew Winter, diretor sênior de conteúdo do WardsAuto. De fato, o valor dos carros muda bastante, desde os US$ 38,4 mil (R$ 122 mil) do Mini Countryman até US$ 278,7 mil (R$ 884,4 mil) do Bentley Bentayga. Nesta edição, nenhuma das marcas alemãs de luxo (Audi, BMW e Mercedes-Benz) levou o prêmio, consequência de estarem no período de “entressafra” – acabaram de renovar seus modelos.
Alfa Romeo Giulia
O sedã esportivo da Alfa Romeo chegou aos EUA há pouco tempo e já leva um prêmio por sua cabine. O interior do Giulia foi muito elogiado por saber combinar o acabamento de couro nas portas e painel central, com os detalhes metálicos no volante e nas saídas de ar. Falando no volante, ele foi inspirado na Fórmula 1 de antigamente, com hastes mais finas e centro redondo. A central multimídia aproveita suas bordas de sua tela de 8,8 polegadas para acompanhar o formato do painel.
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Bentley Bentayga
A Bentley foi mais uma marca que se rendeu aos SUVs. Criou o Bentayga que, apesar do nome ser bem feio, tem uma cabine com o nível de luxo esperado para um carro da fabricante. “O couro é tão macio que eu quase não posso tirar as mãos dele”, disse um dos editores ao justificar seu voto. E este couro está em quase todo o interior, com exceção das partes do painel em que usam madeira escura. Seu sistema multimídia foi elogiado por ter duas telas para os passageiros traseiros, apoiadas no encosto de cabeça dos bancos dianteiros e que podem ser retirados. Os assentos fazem massagem e vem com uma série de assistências ao motorista, como controle de cruzeiro adaptativo.
Buick LaCrosse
Uma das marcas de luxo da General Motors e posicionada logo abaixo da Cadillac, a Buick lançou a terceira geração do sedã LaCrosse. Mecanicamente, é um pouco mais comum, já que usa motores pequenos na China, que devora modelos assim. Muda bastante na cabine, com o uso de couro em tons de marrom escuro e claro. O console central é bem limpo, contando apenas com a alavanca do câmbio e espaço para objetos, deixando os comandos mais acima ou na central multimídia. O multimídia arrancou elogios por sua simplicidade, principalmente para parear o celular.
Honda CR-V
A Honda é velha conhecida da WardsAuto. Venceu prêmios com o Civic, Fit e Odyssey e agora recebe mais um troféu com a nova geração do utilitário CR-V. Conquistou o júri da premiação por sua simplicidade e qualidade de construção. Segue as mesmas linhas que o sedã Civic, com o painel de instrumentos digital fácil de utilizar e controlado pelo volante. O acabamento em couro é bem agradável e combina bem com os detalhes em black piano e em bronze (disponíveis na versão topo de linha Touring).
Lexus LC 500
Marca de luxo da Toyota, a Lexus iniciou uma nova identidade de design para seus interiores com o lançamento do sedã LC 500. Continua com alguns elementos dos outros modelos, como a alça que separa o console central do banco do motorista e o touchpad que controla a central multimídia (que continua sem tela sensível ao toque). Ao invés de usar madeira como os demais, tem detalhes em fibra de carbono, combinado aos bancos de couro e acabamento em Alcantara. Um dos destaques é o uso de vários esquemas de cores, como bancos e painéis da porta em vermelho Rioja, ou praticamente todo o interior em bege.
Lincoln Continental
Um dos carros mais caros da fabricante, o Lincoln Continental surgiu com a missão de fazer a marca de luxo da Ford voltar a ser conhecida e relevante. O cuidado com os detalhes é tão grande que fazem um teste chamado “Luva Branca”, passando os dedos para ter certeza que nenhuma das costuras está desalinhada. A cabine tem uma iluminação de ambiente bem leve para o período noturno e usa um acabamento com algumas peças de madeira na cor prata. Conta ainda com um pacote opcional que adiciona o sistema de som Revel Ultima, com 19 alto-falantes que recriam o efeito de um auditório.
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Maserati Levante
A Maserati foi outra marca que se rendeu aos SUVs e estreou seu primeiro modelo, o Levante. Sua cabine combina couro marrom com madeira ébano e costuras brancas, evitando detalhes cromados. Os bancos usam couro e um tipo especial de seda fornecido pela Ermenegildo Zegna. A central multimídia UConnect e o computador de bordo digital, presentes em outros carros da Fiat-Chrysler, como Compass e Toro, foram elogiados pela facilidade de uso. “O motor V6 biturbo feito pela Ferrari e o sistema de som Harman Kardon de 900 watts entregam a trilha sonora”, diz o site.
Mazda CX-9
A harmonia do interior do Mazda CX-9 é um dos pontos mais elogiados do SUV, que vem arrancando suspiros da imprensa automotiva pelo mundo. O acabamento foi chamado de “impecável”, combinando vários materiais de tons diferentes por toda a cabine. Nada parece fora do lugar. É o primeiro carro da Mazda a usar madeira e alumínio. Adotaram o mesmo esquema da tela multimídia que a Audi, saltando para fora do painel e controlada por comandos no console central. O volante, com hastes levemente na diagonal, transmite uma sensação diferente. Some a isso o conforto e espaço de sobra para todos os passageiros.
Mini Countryman
Os carros da Mini, normalmente, tem interiores bem bacanas, mas sofrem pela falta de espaço. Isso não é problema para o Countryman, o maior automóvel da marca, que não só tem assentos traseiros, como quatro portas para facilitar o acesso. Também cresceu em altura, para ninguém bater a cabeça. Foi o suficiente para conquistar o júri, que já apreciava o design vindo do Cooper convencional, que manteve o grande círculo no painel para avisos luminosos e a central multimídia. O cluster de instrumentos pequeno na frente do volante dá uma sensação esportiva, enquanto os botões que ligam o motor e ativam auxílios tem uma pegada retrô.
Subaru Impreza
É a primeira vez que a Subaru aparece na lista dos interiores mais belos do ano. O Impreza, o modelo mais barato da marca, surpreendeu os editores do WardsAuto. É muito limpo, com poucos botões, todos colocados em lugares bem estratégicos. As portas tem um acabamento que imita fibra de carbono e os bancos é confortável, com costuras impecáveis. Um dos destaques é o uso de duas telas no painel, uma em cima da outra, com a segunda (a mais alta) dedicada à telemetria . Não é dos mais luxuosos, mas impressiona pelo nível de qualidade em um carro de entrada.