O Fiat Argo começou a chegar às lojas no início do mês com a importante missão de recuperar o espaço que a marca italiana perdeu no Brasil no segmento dos modelos compactos, no qual sempre teve destaque nas vendas. Mas, por enquanto, o carro ainda não chegou nem perto da expectativa de vendas da fabricante, que gira em torno de 5 mil mensais. Pelos dados preliminaries da Fenabrave, o modelo teve 1.271 unidades emplacadas nos primeiros 28 dias do mês.
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A fabricante ainda não está com toda a rede abastecida com todas as versões do Fiat Argo , que deve embalar no mercado a partir do mês de julho. De qualquer forma, selecionamos abaixo cinco motivos para comprar ou não o Argo, que você pode conferir a seguir.
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Aspectos positivos
1-Estilo - Não há como negar que o Argo tem linhas que agradam aos olhos, principalmente ao vivo. O carro tem traços que lembram o Tipo italiano, com faróis longos, lanternas estilosas e traços elegantes. No caso da versão topo de linha HGT, há detalhes que contribuem com o belo desenho, como o defletor de ar na traseira e as rodas de aro 17 oferecidas como opcionais. Por dentro, a Fiat também caprichou, com material macio ao toque e boa ergonomia,
2- Agilidade da versão 1.0 - Entre os compactos com motor de 1.0 litro de cilindrada, o Argo surpreendeu com o propulsor de três cilindros Firefly, que garante boa dose de força desde as primeiras marcações do contagiros. São 10,4 kgfm com gasolina e 10,9 kgfm com etanol. O Onix chega a 9,8 kgfm, enquanto o HB20 tem até 10,2 kgfm. E 80% desse valor está disponível a 2.500 rpm. Segundo a marca, 70% dos carros com motor de um litro passam boa parte nessa faixa de rotação, devido ao trânsito e os limites de velocidade das grandes cidades.
3-Consumo 1.0 - Outro motivo para comprar o Argo fica por conta do baixo consumo da versão 1.0. De acordo com os números do Inmetro, o carro faz 9,9 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada, com etanol. Se abastecido com gasolina, passa para 14,2 km/l e 15,1 km/l. O Argo só é superado pelo Onix, e em consumo na estrada com gasolina, marcando 15,3 km/l. Itens como start-stop de série e direção elétrica ajudam a economizar.
4-Central multimídia - Atenta às novas tendências do mercado automotivo atualmente, a Fiat resolveu ofecerer a melhor central multimídia que tem no mundo para quem se interessar pelo Argo. Tem tela de alta resolução, sensível ao toque, de 7 polegadas, com funcionamento rápido e intuitivo para o usuário. Vem com também Apple CarPlay e Android Auto, reproduzindo músicas e utilizando os aplicativos disponíveis. Conta até com comandos por voz. Mas não tem GPS próprio, obrigando o condutor a usar o Google Maps ou Apple Maps.
5 – Equipamentos - Seguindo a estratégia que vem adotando nos últimos anos, a Fiat oferece uma boa lista de equipamentos de série em todas as versoes do Argo. No caso da 1.3 GSR, que está entre as mais procuradas, há nova central multimídia com tela de alta resolução, sensível ao toque e compatível com Apple Car Play e Android Auto, entre uma série de itens, como controles eletrônicos de estabilidade e tração, hastes atrás do volante para tricas sequenciais de marcha, apoio de braço para o motorista, vidro elétrico traseiro, piloto automático e retrovisores eléricos com função tilt-down.
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Aspectos negativos
1-Câmbio - Ainda falta a Fiat fazer ajustes no câmbio do Argo, o que pode ser feito nos próximos anos em que o carro estará no mercado. A alavanca tem curso muito longo e a trambulação poderia dar mais precisão nos engates. Um câmbio mais justo daria uma sensação melhor de que a marcha engatou corretamente.
2-Preços 1.0 e do 1.8 HGT - Embora tenham tomado o cuidado de posicionar o preço do Argo num patamar vantajoso na comparação com os rivais, o Argo não pode ser considerado um dos modelos mais em conta disponíveis no mercado. A versão 1.0, básica, sem nenhum opcional (incliusive a central multimídia), sai por R$ 46.800, valor que pode subir facilmente com a inclusão de itens extras. E o topo de linha HGT alcanca R$ 70.600 com câmbio automático de seis marchas, o que é suficiente para começar a pensar em um modelo de segmento superior.
3-Consumo 1.8 - Bem que fizeram mudanças no motor 1.8 que equipa o Argo para que o consumo ficasse aceitável, mas ainda assim, poderia ser um pouco menor. Conforme o Inmetro, a versão HGT manual faz 11,4 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada, com gasolina. Se trocar pelo câmbio automático, faz 10 km/l e 12,8 km/l, respectivamente. Parece bom, mas recebe nota B no Argo manual e D no automático.
4 - Volante sem regulagem profundidade- O belo volante do Argo tem boa empunhadura e vem com vários botões que controlam uma série de funções, desde o computador do bordo até o sistema de som e o telefone conectado via Bluetooth. Mas pode ser ajustado apenas em altura e não em profundidade, o que faz falta para regulagem a posição perfeita para dirigir.
5 – Falta de cuidado em alguns detalhes - Poderiam ter ficado mais atentos a alguns detalhes do Fiat Argo que fazem a diferença, como uma abertura suave da tampa do porta-luvas, que segue o padrão de modelos mais em conta, despencando de uma vez ao ser aberta. Outro exemplo são os apoios de mão instalados no teto sem mola de retorno, o que demostra certa falta de refinamento do carro.