A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulga os números de março com algumas informações alarmantes. Por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, as últimas semanas de março tiveram uma queda abrupta nas vendas e na produção de automóveis e comerciais leves. Se for comparado o total vendido na primeira semana de março com a última, houve declínio de 86,5%, de 10,7 mil unidades para apenas 1,4 mil.
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Conforme o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, o setor automotivo vinha, nas duas primeiras semanas de março, mantendo um ritimo muito bom, dentro do previsto, mas a partir do dia 18, começou uma queda acentuada por causa do fechamento das concessionárias e das fábricas. Ainda segundo o executivo, cada fabricante está analisando diariamente o andamento da crise e revendo seus cronogramas, o que vai depender das melhores condições na crise da saúde que afeta o Brasil.
Moraes também comentou que todo o setor automotivo está com 63 fábricas fechadas e mais de 123 mil colaboradores parados. E que não há como fazer previsões futuras no momento. O que se sabe até agora é que o mercado financeiro como um todo aponta para uma queda no PIB brasileiro de 2,3%, em média, para 2020.
Setor automotivo em alerta
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Em março, as vendas de automóveis e comerciais leves foram de 163,3 mil unidades, o que é 21,8% menor que as 209, mil do mesmo mês de 2019 e 18,6% abaixo doas 201 mil de fevereiro último. No acumulado do primeiro trimestre, a baixa nas vendas é de 8,1%, com 558,1 mil unidades ante 607,6 mil do mesmo período do ano passado.
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Atualmente, os estoques são de 48 dias, o que deverá ser o suficiente para suprir a demanda de abril e maio. E o nível de empregos, pelo menos por enquanto, manteve-se estável em março em relação a fevereiro, com 126 mil ante 125,7 mil, o que representa uma leve queda de 0,2%. Observando março de 2020 com um todo, a queda em relação ao mesmo mês de 2019 foi de 21% para produção, licenciamentos e exportação, coincidentemente. Na comparação com fevereiro, a retração foi de 18% nos emplacamentos e nas exportações, e de 7% na produção.
Mesmo diante dos resultados negativos, segundo Moraes," o momento é de priorizar a saúde da população, e todas as nossas associadas estão dando sua contribuição no combate ao novo coronavírus , seja reparando respiradores, seja produzindo e doando máscaras, ou mesmo cedendo suas frotas vários para as mais diversas finalidades", disse ele.
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Ainda conforme Moraes "também é hora de uma conscientização de todas as esferas do governo, bancos e sociedade para criar mecanismos que permitam à cadeia automotiva
atravessar esse período de retração com a preservação das empresas e dos empregos”, alertou.