Com a alta nos preços dos sedãs médios, os modelos compactos ganharam espaço no mercado brasileiro. A categoria evoluiu muito ao longo da última década, com modelos que entregam nível de equipamentos, sofisticação e desempenho dignos de segmentos mais caros. Mas no meio de tanta competitividade, é normal um ou outro ficar defasado na comparação com os rivais.
Este foi o caso do Honda City . Enquanto a maioria dos concorrentes já conta com motor turbo, controle de estabilidade e tração e recursos de tecnologia como carregador de celular por indução ou cluster 100% digital, o sedã compacto montado em Sumaré (SP) ficou parado no tempo.
A Honda tem urgência para lançar a nova geração do modelo no Brasil. Se não fosse pela pandemia causada pelo coronavírus, o Novo City teria sido atração do Salão do Automóvel de 2020. Com as dificuldades impostas pelo distanciamento social, sua apresentação foi postergada para 2021.
O modelo já estreou em mercados importantes para a Honda, como Tailândia e Índia. O Brasil é o próximo país na fila, mantendo a produção local – dessa vez em Itirapina (SP) – para que o sedã compacto seja adaptado ao gosto tupiniquim.
O Novo City
Ainda que o City seja um carro global, o modelo nacional será bem diferente das versões asiáticas em suas proporções. Na Índia, o sedã tem 4,54 metros de comprimento, 1,74 m de largura, 1,48 m de altura e entre-eixos de 2,60 m. Na comparação com a versão tailandesa, ele é 4 mm mais curto e 22 mm mais alto.
Logo, também podemos esperar por um Honda City com proporções distintas para o mercado brasileiro. A boa notícia é que os veículos lançados por aqui costumam ser os maiores do mundo quando comparados com as versões lançadas na Europa, China e Sudeste Asiático. O mesmo acontece com Chevrolet Onix Plus, VW T-Cross e outros modelos globais, que são mais curtos em partes do mundo.
Conjunto mecânico
A mecânica do City brasileiro continua sendo seu grande mistério, uma vez que o sedã compacto também tem propulsores distintos na Ásia. A Índia recebeu o motor 1.5 i-VTEC de 121 cv a 6.600 rpm e 14,78 kgfm a 4.300 rpm, que pode funcionar em conjunto câmbio manual de seis velocidades ou automático do tipo CVT.
O modelo tailandês ganhou o primeiro motor 1.0 turbo de três cilindros da história da Honda, desenvolvendo 122 cv a 5.500 rpm e 17,6 kgfm entre 2.000 e 4.500 rpm. Esta será a base para o motor do novo Honda City nacional, que será mais veloz que os irmãos asiáticos por conta da adaptação para rodar no etanol. O câmbio também é do tipo continuamente variável, simulando 7 marchas.
Você viu?
Ainda não é certo se o novo motor 1.0 turbo será utilizado em toda a linha do Novo City ou se a Honda deverá manter o motor 1.5 aspirado do modelo atual nas versões mais em conta.
A formatação do Novo City na Ásia aponta que o modelo terá suspensão independente na dianteira e eixo de torção na traseira, com nova tecnologia para redução de atrito. Os freios devem manter o padrão atual, com discos ventilados na dianteira e tambores na traseira.
Mais seguro e tecnológico
O Honda City que chegará ao Brasil em 2021, provavelmente como modelo 2022, poderá contar com seis airbags (frontais, laterais e cortina) como equipamentos de série, se seguir a receita dos irmãos orientais. Assistências eletrônicas, como controles de estabilidade e tração, enfim, estarão presentes no sedã.
Ainda no pacote de segurança, o City nacional terá monitoramento de pressão dos pneus, faróis com assinatura em LED, assistente de partida em rampa e auxílio eletrônico de permanência em faixa.
Na parte de conforto e sofisticação, o novo City é aguardado com central multimídia de oito polegadas com pareamento Android Auto e Apple CarPlay.
Versão hatchback
A nova geração do City surge com uma grata surpresa. A Honda, enfim, terá um hatch compacto para concorrer diretamente com Chevrolet Onix , VW Polo e Fiat Argo . Atualmente, o único modelo da fabricante com valores compatíveis com estes veículos é o Fit . A Honda, entretanto, não entende que o monovolume é concorrente direto dos hatches compactos.
O novo Honda City hatch começa a ser vendido primeiros em mercados asiáticos, onde estará disponível em três versões (S+, SV e RS). A frente é identica à do novo City Sedan. Entre os destaques estão os novos faróis de LED, além de itens que dão um certo aspecto esportivo ao carro, como os novos para-choques e o capô abaulado.
Na traseira, chamam atenção as lanternas traseiras de LED, que seguem o novo padrão de estilo adotado pela Honda nos próximos lançamentos, o que pode ser visto na versão conceitual do novo Civic mostrada nos EUA e e que antecipa como ficará o modelo a ser produzido em série. Além disso, a antena do novo Honda City hatch é do tipo tubarão e o defletor de ar também ajuda na esportividade.