Nissan Versa V-Drive: um projeto do início da década que continua em produção no Brasil, mesmo com o lançamento da nova geração
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Nissan Versa V-Drive: um projeto do início da década que continua em produção no Brasil, mesmo com o lançamento da nova geração

Em entrevista para a Car Magazine, o CEO global da Nissan , Ashwani Gupta, admitiu que a fabricante japonesa deixou seus veículos envelhecerem nos últimos anos, reduzindo seu potencial de competitividade. A Nissan enfrenta dificuldades financeiras em diversos continentes, especialmente na Europa, onde as vendas caíram de 566.191 unidades em 2017 para 394.091 emplacamentos em 2019. 

“Fomos rápidos demais na expansão global, antecipando que o mercado de carros novos estaria em crescimento e que nossas vendas seriam excelentes. Essas duas coisas não aconteceram”, afirma Gupta. “Como resultado, nossos veículos acabaram envelhecendo. Se você não tem receita, não dá para investir em carros novos”.

Ashwani Gupta afirma que a Nissan está preparando um plano ambicioso para virar o jogo. Fábricas serão fechadas na Espanha e na Indonésia, e a marca Datsun será descontinuada na Rússia. A marca também busca maior aproximação da Renault para focar em mercados mais competitivos, como Estados Unidos, China e Japão.

“Nos Estados Unidos, temos mais de 7% da fatia do mercado. No Japão e na China, são mais de 10%. Temos muito potencial para lucrar”, diz o executivo. A marca continuará focando em SUVs e crossovers na Europa, como Qashqai , Juke e X-Trail , que deverão ficar ainda mais conectados e tecnológicos nos próximos anos.

Renault anuncia corte de operações

Renault deverá focar no lançamento de novos SUVs elétricos ao longo da próxima década
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Renault deverá focar no lançamento de novos SUVs elétricos ao longo da próxima década

A entrevista do CEO da Nissan para a Car Magazine foi publicada após o anúncio de que sua maior parceira, a Renault , deverá reduzir suas operações globais em 30%. Segundo informações apuradas pelo portal alemão Automobilwoche , o objetivo da Renault é reduzir sua linha de automóveis e gastos de produção, mas ainda não é certo se o novo plano poderá afetar de alguma forma as operações da marca no Brasil.

Luca de Meo, CEO global da marca, considera que a Renault não atingiu os parâmetros de expansão global para garantir a implementação de novas tecnologias em seus veículos. A fabricante deverá adotar um caminho mais “realista”, evitando investimentos em recursos que ainda estão em desenvolvimento.

O novo plano da Renault também inclui redução nas operações na China, onde sua aliança com a Dongfeng não se mostrou próspera. A parceria começou em 2013, com foco na produção de SUVs na província de Wuhan. Após a baixa nas vendas dos modelos Koleos , Captur e Kadjar , a joint-venture foi encerrada em agosto de 2020.

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