Resultado da união entre a FCA (Fiat Chrysler Automóveis) e a PSA (Peugeot-Citroën), a Stellantis fez a sua primeira vítima: responsável por modelos icônicos da Dodge como o insano SUV Durango SRT Hellcat de 720 cv e o cupê Challenger SRT Demon de 843 cv, a divisão esportiva SRT (de Street & Racing Technology) foi encerrada pela nova empresa.
A informação foi divulgada pelo site americano Mopar Insiders e teria sido confirmada por um porta-voz da própria Stellantis. De acordo com a públicação, a empresa optou por acabar com a SRT , integrando os engenheiros da divisão esportiva da Dodge ao corpo global de especialistas em veículos de alto desempenho do novo grupo industrial.
A SRT surgiu inicialmente em 1989, em torno do núcleo de engenheiros responsáveis por desenvolver o esportivo Dodge Viper , que se fundiu em 1997 com o time responsável pelo Plymouth Prowler para se tornar um braço chamado SVE (Specialty Vehicle Engineering).
Durante o período da DaimlerChrysler, no início dos anos 2000, os alemães investiram para transformar a SVE numa espécie de versão americana para a AMG, a divisão esportiva da Mercedes-Benz. Rebatizado com PVO (Performance Vehicle Operations) em 2002, esse braço esportivo virou SRT a partir de 2004 e seguiu vivo mesmo depois da associação com a Fiat, em 2014. Apesar da sua ligação com a Dodge, a divisão criou modelos também para Jeep e Chrysler.
Essa decisão, no entanto, é algo que terá um impacto maior dentro do grupo do que para o consumidor. Os produtos com a marca SRT seguem em produção normalmente, assim como os Jeep Grand Cherokee Trackhawk e RAM 1500 TRX , que trazem componentes desenvolvidos pela antiga divisão esportiva. Mas a longo prazo, a sigla deve seguir viva apenas como uma designação de versão para identificar os Dodge mais apimentados.