A Itália está defendendo a Ferrari e a Lamborghini contra uma proibição proposta aos motores de combustão interna promulgada pela União Europeia, conforme nota divulgada pela agência de notícias Bloomberg no último sábado (4/9).
Para isso, o governo local está em negociações com a UE sobre a isenção das duas fábricas. Tanto a Ferrari quanto a Lamborghini adotaram lentamente a eletrificação, mas até agora apenas na forma de motorizações híbridas para veículos de produção.
A União Europeia prevê uma proposta de eliminação de novos veículos de combustão interna anunciada em julho, que entraria em vigor em 2035 , de acordo com o relatório. Dessa maneira, todas as fabricantes só produziriam a partir desse ano, só veículos 100% elétricos.
No entanto, a capital italiana Roma argumenta e defende que as regras propostas deveriam ser aplicadas de forma diferente, já que são fabricantes de "nichos" e não fazem muitos veículos.
Vale lembrar que nenhuma regra foi finalizada e, dessa forma, primeiro precisa ser discutida pelos países membros e pelo Parlamento Europeu, um processo que pode levar até dois anos, de acordo com a Bloomberg.
Em entrevista com essa mesma agência de notícias - publicada na última segunda-feira (6/9)-, o CEO da Porsche , Oliver Blume, disse que seria um erro dar exceções a algumas montadoras, e que todos precisam fazer sua parte na redução das emissões e que a tecnologia EV oferece mais desempenho do que os carros de combustão interna.
Blume fez os comentários após a revelação do conceito de carro de corrida elétrico Porsche Mission R no salão do automóvel de Munique.