Apesar do VW Gol ser um fenômeno do mercado, sairá de linha no Brasil, de uma vez por todas. Na mesma geração desde 2008 e enfrentando concorrentes mais atuais, com a mesma faixa de preço, perde cada vez mais seu fôlego para prosseguir. Isso não apaga o seu passado de versões marcantes. Veja 10 versões exclusivas do VW Gol que separamos.
Desde 1984, já estava no mercado o Gol GT, um ícone de esportividade que era muito cobiçado pelos jovens da época. Sua missão era a de desbancar o Ford Escort XR-3 , lançado no mesmo ano. Este, sim, era um motivo de orgulho para muitos proprietários destes esportivos. A VW resolveu adotar o motor AP-1800 movido a álcool, vindo do Santana. Com ele, rendia 99 cv e 14,9 kgfm, capaz de acelerar até 100 km/h em 11,9 segundos.
Em 1987, a linha recebeu modificações na carroceria e, acompanhando a mudança na linha, o Gol GT dá lugar ao GTS. A frente era mais baixa e ganhava novo capô, grade e faróis. Além disso, contava com alterações no motor 1.8, que apesar da VW insistir em declarar 99 cv e 14,9 kgfm, muitas estimativas na época apontavam que, na verdade, rendia entre 105 cv e 110 cv. O motivo para a marca não declarar mais? Maiores taxas de impostos seriam cobradas pelo carro.
O Gol estreou a era da injeção eletrônica com o Gol GTi em 1989, considerado o primeiro automóvel nacional a ter esta tecnologia. Ao contrário do GTS , a versão injetada ganhava o motor 2.0 (AP-2000) , somente a gasolina. Foi considerado também o carro brasileiro mais veloz. Máxima de 173 Km/h e 0 a 100 Km/h em 10,06 segundos, graças aos seus 125 cv e 17,5 kgfm. Mas foi em 1995, com a chegada do “Gol Bola”, que a versão GTI estreou o motor 2.0 litros de 16 válvulas, com 145 cv e 0 a 100 km/h em 8,7 segundos.
Lançado em 1982, trazia diferenciais estéticos e de acabamento, além da tiragem de 3.000 exemplares. O primeiro deles é o jogo de rodas de 13 polegadas, além dos adereços relativos à versão nas laterais e no vidro traseiro. Vale destacar os faróis auxiliares e o pequeno spoiler na dianteira. Na parte de dentro, os bancos eram mais confortáveis e o volante passou a ser o mesmo do Passat TS. Vale falar também do painel completo, inclusive trazendo o conta-giros do lado direito.
O Rolling Stones era uma versão comemorativa para a vinda da banda no festival Hollywood Rock ao Brasil, que aconteceu em 1995, nos estádios do Maracanã (Rio de Janeiro) e Morumbi (São Paulo). Ele utiliza a base de configurações do CLi e os seus diferenciais extras são a antena no pára brisa, toca fitas originais Volkswagen, bem como adesivos da versão limitada na coluna C e tampa do porta malas.
O grande destaque do Gol Star, que surgiu em 1989, é que ele era basicamente um GTS, com “cara” de Gol GL. Vinha com o mesmo motor 1.8 de 99 cv e 14,9 kgfm, mas sem a roupagem esportiva. Vinha sem botões satélites, mas com conta-giros, bancos com acabamento esportivo e o logo Star estampado. Além do mais, trazia também rodas de aço com calotas de plástico, Saída do escapamento esportiva, grade de ar do motor e retrovisor na cor da carroceria.
Foi apresentado como conceito na festa dos 30 anos do Gol e teve apenas 30 unidades produzidas em 2011. Trazia como destaques numeração no painel, pintura especial branca com o teto capô e tampa traseira em preto, e uma guitarra Tagima desenvolvida especialmente para a versão. Além disso, vinha com faixas laterais exclusivas com o nome da série, presente também na tampa do porta-malas, além do para-choque traseiro com adesivo preto sob a placa de licença e aros do farol de neblina em branco, assim como as rodas de liga leve de 16 polegadas. No interior, tinha como destaque teto, colunas e bancos revestidos em couro cinza, bancos com faixas centrais e detalhes perfurados.
Em 1996, ocorreram os Jogos Olímpicos de Atlanta, no estado americano da Geórgia. Esta série especial tinha como diferencial os faróis de duplo refletor e rodas de aço aro 14 com calotas. O Gol Atlanta tinha direção hidráulica e ar-condicionado de série, além de volante esportivo de três raios, o mesmo do Gol GTI. Externamente vinha com adesivo alusivo ao evento olímpico. Teve campanha publicitária com a Seleção Brasileira de Futebol, com o técnico Zagalo e o goleiro Dida.
Em 2002, o VW Gol surgiu em uma edição especial para comemorar a Copa do Mundo, como já havia ocorrido em 1982 e 1994. Entretanto, ao invés de usar a mesma nomenclatura “Copa” — como usou nas edições anteriores — nessa versão, utilizaram o nome “Sport”. Foram produzidas apenas 15.000 unidades. Cada uma delas vinha com os diferenciais dos faróis de milha, suas novas calotas, aerofólios traseiros e adesivos na lateral e na tampa do porta-malas, bem como com volante com logo “Sport”, rádio com CD player, antena de teto e o banco do motorista permitia ajustes de altura. Os opcionais contavam com airbags, retrovisores elétricos e ar-condicionado.
O Gol, por sua vez, recebeu o seu selo roqueiro no primeiro e terceiro ano de patrocínio da marca, em 2011 e 2015. Sempre com motor 1.0, o Gol de 2011 vinha com tons do festival: azul, vermelho e branco. Na carroceria, adesivos com o símbolo do festival nas laterais, colunas centrais em tom preto fosco, friso cromado no para-choque e faróis e lanternas com máscaras escurecidas. No interior, o padrão também era o acabamento escurecido. Os bancos com revestimento cinza e bordados vermelhos traziam a silhueta de uma guitarra azul nas laterais do encosto. O modelo ainda recebeu volante do Passat CC e soleiras cromadas com a marca do festival. O sistema de som era um dos diferenciais em termos de equipamentos, com quatro alto-falantes e dois tweeters, CD player com Bluetooth, leitor MP3, entradas USB e para cartões SD e iPod. Já o Gol Rock in Rio 2015 usava como base a configuração Comfortline 1.0, e trazia faixas adesivas nas laterais, retrovisores com capa prateada e repetidores das luzes de direção.