Apesar dos medos e das incertezas que o Brasil enfrentou em 2022 na produção, vendas e exportações, castigado pelos altos custos de produção, inflação, pandemia e demanda, novembro foi um alívio para o setor.
Isso porque, segundo a Anfavea, pelo sétimo mês consecutivo, a produção mensal do último mês se manteve acima do patamar de 200 mil autoveículos . Foram 215,8 mil unidades que saíram das linhas de produção, quase 5% a mais que no mês anterior e que em novembro de 2021.
Com isso, o volume total produzido de 2021 (2,248 milhões) deverá ser superado já na próxima sexta-feira, 9 de dezembro, de acordo com a entidade. Na comparação do acumulado dos 11 primeiros meses, a produção de 2022 supera a de 2021 em 6,9%.
Outro motivo de comemoração é o das vendas , cuja média diária foi de 10,2 mil unidades, e de 204 mil unidades no mês de novembro, uma alta de 12,8% sobre outubro e de 17,9% sobre o mesmo mês do ano passado.
“É o melhor resultado desde dezembro de 2020, apesar da inflação e das dificuldades de crédito. O varejo continua num bom ritmo de recuperação, e as vendas diretas cresceram muito, em especial as locadoras, que estão enfim recompondo a idade média de suas frotas”, destacou o Presidente Márcio de Lima Leite.
Já nas exportações, pelo segundo mês seguido, elas se mantiveram num bom patamar após a queda em setembro em função de questões logísticas. O acumulado de 450 mil unidades já supera em 34,3% os embarques dos primeiros 11 meses do ano passado.
“Restam apenas 10 mil unidades para atingir as 460 mil unidades projetadas por nós para o fechamento do ano, ou seja, superaremos com folga a previsão feita em junho”, celebrou Márcio de Lima Leite.
Em novembro, as exportações foram de 43,4 mil autoveículos , 1,6% a mais que em outubro e impressionantes 55% de crescimento sobre novembro de 2021.
Pelo segundo mês seguido o México superou a Argentina como principal destino dos automóveis brasileiros exportados, em função das restrições cambiais no país vizinho. No acumulado do ano, a Argentina ainda lidera com 29% das unidades nacionais embarcadas , seguida por México (18%) e Colômbia (16%). Mas vale destacar que a Argentina respondia por 36% das nossas exportações em 2021.