Conheça os Volkswagen Fuscas raros que podem passar de 500 mil reais

Se antes alguns dos modelos ou acessórios do Volkswagen Fusca eram mal compreendidos, atualmente há exemplares com alto nível de originalidade e de preservação que podem romper a casa do meio milhão de reais. Sim, isso mesmo! Quem acompanha o mercado de antigos deve se lembrar da polêmica envolvendo um raro exemplar verde Split Window de 1952 que foi arrematado em 2022 durante o Encontro de Autos Antigos de Águas de Lindóia (SP) por R$ 460 mil. Listamos outros exemplos de Fusca cujos modelos ou acessórios se mantiveram originais e se tornaram peças raríssimas no mercado de clássicos. Veja a seguir.

1-) FUSCA SPLIT WINDOW

A janela bipartida surgiu em 1938 e foi até 1954, tornando uma referência em estilo do famoso besouro. A Split Window, ou janela dividida, como o próprio nome se refere, consiste em uma barra central que, por conta da má visibilidade, foi transformada em oval por muitos. Hoje essa prática custaria um sacrilégio, levando em conta a alta valorização do modelo. Uma unidade Bege Egito 1952 oferecido pela L’Art custa R$380 mil.

Reprodução

2-) FUSCA CORNOWAGEN

O famoso Fusca com teto solar de série fabricado pela VW em 1965 no Brasil só tinha uma razão: ajudar na refrigeração da cabine junto aos quebra-ventos em meio ao clima tropical brasileiro. O único inconveniente é que logo veio o apelido “Cornowagen”, por conta da abertura do teto. Muitos incomodados fecharam a abertura e quem procurou chifre em cabeça de cavalo no passado, hoje se arrepende devido a raridade estar entre as mais valorizadas. Um exemplar que foi 100% restaurado nos padrões originais não sai por menos de R $135 mil como o de 1966 encontrado no site de classificados de clássicos Armazém do Vovô.

Reprodução - L'Art

3-) FUSCA ROLLS ROYCE

A moda da customização automotiva não é mérito apenas dos brasileiros. A tendência, em especial ao mercado estadunidense e Europeu, por exemplo, aqueceu nos anos 60, e a transformação de Fuscas em Rolls Royce era o que de mais insano havia. A versão paulistana Edmorba consistia na substituição do capô original pelo em fibra de vidro e plástico ABS, que podia ser removido quando quisesse. O acessório, hoje valorizado, acabou sumindo e quase impossível achar os remanescentes que ainda habitam por aí.

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4-) FUSCA BAJA

Iniciada nos EUA, no Brasil coube a Menon Cross Center do Carlos Menon, piloto e grande incentivador das provas de autocross no Brasil na década de 70, ser a pioneira na transformação dos Fuscas para andar na terra como uma resposta mais barata aos bem sucedidos buggies dos anos 60. Os Bajas tinham faróis auxiliares, quebra-mato, rodas e pneus especiais além de alguns acessórios redesenhados e confeccionados em fibra de vidro, tais como a tampa do porta-malas dianteiro e tampa traseira, que, em algumas versões, permitia ver o velho motor boxer trabalhando.

Divulgação

5-) FUSCA PÉ-DE-BOI

Todo carro básico sempre teve, ao menos, velocímetro e marcador de combustível. De 1965, a versão despojada do Fusca, “Pé-de-Boi”, tinha só um velocímetro. Para medir o nível do tanque, era usada uma escala de madeira introduzida no bocal. A simplicidade do do acessório deixa os olhos cheios de lágrimas, dada a sua raridade. Um modelo na loja de antigos L’Art, por exemplo, está sendo vendido por R $130 mil.

Renato Bellote

6-) FUSCA “CINTRA 959”

Em 1988, André Cintra idealizou um Fusca com visual de Porsche 959. A mudança era feita com peças de fibra de vidro sobre a estrutura original e as lanternas eram genuínas Porsche. Foram feitas apenas três unidades, todas com motor 1.8 turbo, o que faz dele um exemplar raríssimo, ainda mais levando em consideração que não se sabe ao certo quantas ainda mantêm o “estado original” realizado pela firma especializada na transformação. Sorte de quem tem e ainda o preservou original: a valorização pode não ter sido condizente a de um Porsche 959, mas certamente agregou alguns milhares de reais.

Renato Bellote/iG

7-) FUSCA AVALLONE

Inúmeras empresas nos quatro cantos do mundo fizeram a versão conversível do besouro. No Brasil, nos anos 80 a customização mais conhecida foi a da Avallone, que fazia o cabriolet com fibra de vidro reforçada por chapas de aço estampadas, além de acessórios e equipamentos como rodas de liga leve, pneus radiais, pintura metálica e bancos de couro fornecidos pela concessionária e importadora Dacon.

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