50 anos de “vida” do Ford Maverick: 10 fatos do muscle car brasileiro

A Ford está celebrando 50 anos do início da produção do Maverick no Brasil. Sua origem remonta ao ano de 1970, quando foi lançado nos Estados Unidos e, já em junho de 1973, o muscle car passou a ser montado na fábrica da Ford, em São Bernardo do Campo. Confira algumas curiosidades que preparamos em homenagem a este clássico.

Missão do muscle car brasileiro

O Maverick foi lançado em junho de 1973 com a missão de substituir a arcaica linha de veículos da Willys, já que Ford havia adquirido a Willys-Overland do Brasil, em 1968, e, nesta época, precisava de um novo carro que se encaixasse na categoria do Chevrolet Opala.

Divulgação

Primeiras versões

Fabricado entre 1973 e 1979, o muscle car brasileiro foi comercializado inicialmente nas versões Super, Super Luxo, além da esportiva GT. Com motor 3.0 de seis cilindros em linha reaproveitado do Aero Willys , o Maverick passou por várias dificuldades, principalmente quanto ao aquecimento e refrigeração, exigindo uma adequação ao clima tropical do país.

Divulgação

GT e seu poderoso V8 302

A versão GT possui motor importado, o clássico Windsor V8 302 (polegadas cúbicas), um 5.0 de 197 cv e quase 40 kgfm brutos, o que dava ao esportivo puro sangue um desempenho bem superior quando comparado ao motor de seis cilindros em linha herdado do Aero Willys brasileiro, que tinha "só" 112 cv e 22,6 kgfm de torque. Havia a versão Quadrijet, especialmente feita para as pistas, que recebia carburador Holley de corpo quádruplo, coletor Edelbrock e comando de válvulas esportivo Iskenderian. A receita rendeu 257 cv e 41,6 kgfm.

Divulgação

Peças do modelo importado

Em 1977, o Maverick saiu de linha nos Estados Unidos, abrindo espaço para projetos mais modernos, e, com isso, sobrou um grande estoque de peças e acessórios, lote que acabou tendo destino ao mercado brasileiro. Por aqui, os Mavericks ganharam itens de conforto como direção hidráulica, ar-condicionado e câmbio automático de três velocidades.

Renato Bellote/iG

Quatro portas

No final de 1973, a Ford lançou a opção da carroceria sedã, com quatro portas. Com 2,79 m de entre-eixos, contra 2,61 m da versão cupê, o espaço era, por fim, melhorado, resolvendo de vez as incansáveis críticas em relação ao apertadíssimo espaço traseiro.

Divulgação

Perua rara

Entre os anos de 1978 e 1979, a Souza Ramos aproveitou o chassi da carroceria sedã de quatro portas e fez, junto a Sul Americana (especializada em carroceria de ônibus, ambulâncias e viaturas policiais), um Maverick perua. A porta traseira é feita em fibra de vidro sustentada por duas molas a gás. Não há dados oficiais de unidades produzidas, mas há uma estimativa de uma tiragem de só 150 exemplares.

Reprodução

Nas pistas

Entre os anos de 1973 a 1977, o Maverick brilhou nas pistas de corrida de circuito, se destacando nas três tradicionais provas de longa duração brasileiras: as 25 horas de Interlagos, os 500 Quilômetros de Interlagos e as 1.000 Milhas de Interlagos. Se tornou o rei do autódromo paulista.

Reprodução/Pinterest

Tempos difíceis

O ano de 1975 foi o início do declínio nas vendas do modelo e para recuperar o mercado, a Ford lançava um novo motor de quatro cilindros 2.3, que rendia até 99 cv. Serviu como alternativa para salvar a imagem do beberrão, mas foi tarde demais. Para completar, a crise do petróleo foi a vilã desta história.

Divulgação

Vendas totais

Nestes quase sete anos de produção, o Maverick somou exatas 108.106 unidades, incluindo todas as versões feitas em série. Nem mesmo com mudanças de estilo, cores e a estreia da luxuosa LDO, em 1977, impediu o fim de sua fabricação. Foi uma triste realidade para o muscle car brasileiro.

Divulgação

A “volta” do Maverick

Na Europa, o nome Maverick também é o nome de um utilitário esportivo compacto - semelhante ao nosso EcoSport - fabricado pela Ford local. No entanto, por aqui, ele “ressuscitou sobre o corpo” de uma picape, em 2022. Ela é importada em opções 2.0 turbo (253 cv) e 2.5 híbrido de 193 cv.

Divulgação

Veja mais Top Stories