Nova Mitsubishi L200 Triton de sexta geração tem design frontal polêmico
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Nova Mitsubishi L200 Triton de sexta geração tem design frontal polêmico

A Mitsubishi L200 Triton atual tem um dos designs mais ousados do segmento. Não é diferente com a sexta geração que está sendo lançada na Tailândia. O modelo de sexta geração investiu em linhas bem mais quadradas, novo motor e tecnologias mais recentes. 

O utilitário servirá de base para a nova Frontier , algo natural, pois ambas são marcas da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Sim, se houver uma nova Alaskan, a L200 também cederá sua plataforma para ela.

Vamos primeiro ao estilo, afinal, ele é o grande ponto de atenção. O design blocado é uma compilação de elementos quadrados com vincos. A dianteira exibe faróis principais separados dos de neblina e das luzes de rodagem diurna. A grade em formato de ralador de queijo chama ainda mais atenção por estar pintada na cor da carroceria - embora isso seja aplicado apenas nas versões mais caras.

Para-lamas ressaltados e portas repletas de vincos são destaques
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Para-lamas ressaltados e portas repletas de vincos são destaques

Lateralmente, as portas têm vincos fortes na seção inferior, traços que são continuados até a traseira, a parte que exibe o visual mais tradicional do conjunto, sem ousar sequer nas lanternas. A marca chama a linguagem de estilo de Beast Mode, algo que poderia ser traduzido como modo fera.

Os traços marcantemente horizontais seguem no interior. A cabine também tem aparência de blocos. A nova central multimídia agora fica em destaque e manteve os comandos analógicos para funções como controle de volume. De notável, apenas o quadro de instrumentos analógico destoa - há apenas uma tela digital entre o velocímetro e o conta-giros. 

A marca afirma que o ponto H dos bancos dianteiros está dois centímetros mais elevado, o que melhora a visibilidade. O apoio lombar também foi reforçado na parte inferior. Além disso, a coluna A ficou mais vertical, uma decisão que melhorou o acesso, tal como os estribos reformulados. 

Painel repete o design inspirados em blocos visto na carroceria
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Painel repete o design inspirados em blocos visto na carroceria

Entre outras medidas de facilitação de convivência, a plataforma de carga foi baixada em 4,5 centímetros e os cantos do para-choque traseiro foram alargados e reforçados, podendo assim, servir de degrau para facilitar o processo de carregar e descarregar a picape. 

São três configurações de cabine: simples, dupla ou estendida, sendo que este último deixou de fazer sucesso no Brasil em todas as picapes, sendo, portanto, improvável. Já que o papo é carroceria, a nova Triton cabine dupla tem 5,36 metros de comprimento (6 cm a mais que a atual) e 3,13 m de entre-eixos (13 cm extras).

A construção investe em um novo chassi com 65% a mais de área cruzada, o que ajudou a garantir rigidez torcional 60% superior. A carroceria é mais leve e aposta em aços de ultra e alta resistência para obter não apenas peso menor, como também maior segurança. As suspensões são novas e se valem de duplo A na dianteira e o tradicional eixo rígido na traseira.

O motor 2.3 4N16 tem três variantes de rendimento. O menos forte gera 150 cv e 33,6 kgfm e o intermediário entrega 183 cv e 43,8 kgfm. Já o mais forte entrega 201 cv e 47,9 kgfm, mais do que os 190 cv e 43,9 kgfm da atual - ele é o único que tem direção com assistência elétrica. O câmbio manual tem seis marchas. Até aí, tudo bem, o problema é que o automático também tem seis velocidades, algo ultrapassado para os tempos atuais. 

Bancos são mais envolventes e têm apoio lombar reforçado
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Bancos são mais envolventes e têm apoio lombar reforçado

O sistema de tração tem quatro vias de funcionamento: 4X2, 4X4 permanente (envia 40% da força para a dianteira e 60% para a traseira), 4X4 com blocante de diferencial e 4X4 reduzida. Eles podem ser mesclados com diferentes modos de comportamento: normal, eco, cascalho, neve, areia e rocha.

Da mesma maneira que o resto, o nível de tecnologias de assistência ao motorista está bem mais elevado. A picape conta com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática, sensor de ponto cego, assistente de mudança de faixa, alerta de tráfego cruzado traseiro, entre outros. Há também o Mitsubishi Connect, sistema que se conecta ao smartphone para oferecer funções como o localizador do veículo ou acionamento de socorro caso os airbags sejam acionados. 

Embora ainda não tenha data de lançamento oficial no Brasil, podemos esperar que ela seja produzida no nosso país até o final de 2024. A Mitsubishi aqui é controlada pelo grupo HPE Automotores e tem fábrica em Catalão, Goiás. Se repetir a estratégia usada no lançamento da atual Triton, a empresa talvez traga a nova geração antes como importada, somente depois virá a fabricação nacional.

É provável que a nova geração da L200 conviva com a antiga, fazendo com que a versão pré-facelift, que ainda é vendida nas versões Outdoor, GL e GLS, saia de linha.

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