A Fiat Titano chegou ao mercado no início de março e, até o momento, conforme dados da Fenabrave , apenas 43 exemplares foram emplacados. Essa baixa performance nas vendas levanta questões sobre o suposto fracasso da picape média nas concessionárias. No entanto, há um fator crucial que impede a chegada do veículo às lojas.
O principal obstáculo enfrentado pela Titano , assim como por diversas outras montadoras, é a greve do Ibama, responsável pela emissão do certificado ambiental para veículos importados. Essa paralisação, conhecida como 'operação tartaruga', resulta de negociações por melhores salários e condições de trabalho.
Como resultado, quase 50 mil veículos estão retidos nos portos brasileiros aguardando a emissão do certificado ambiental para ingressarem no país. De acordo com o site Autoindústria, há 1.600 pedidos pendentes para a Titano , que permanece retida nos portos. Lembrando que a picape é produzida no Uruguai, na fábrica da Nordex.
Se esses veículos já tivessem sido emplacados, a picape média estaria em quarto lugar nas vendas, atrás apenas da Ford Ranger, Chevrolet S10 e Toyota Hilux. No ranking geral de picapes, ocuparia a nona posição, deixando a Mitsubishi L200 em décimo lugar.
A Stellantis não fornece previsões de entrega devido à situação, o que coloca a fabricante em risco de perder pedidos. A Fiat afirma estar monitorando a situação para minimizar o impacto causado.
Por outro lado, o Ibama alega cumprir o prazo legal de até 60 dias para liberação, emitindo o certificado em 20 dias para veículos a combustão ou híbridos, enquanto veículos elétricos estão isentos do certificado. Antes da greve, o tempo médio de liberação era de oito dias.