Homem colocando combustível em um carro prata
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Homem colocando combustível em um carro prata

Uma nova medida provisória (MP) que restringe a compensação de créditos de PIS/Cofins pode fazer os preços da gasolina e do diesel subirem no Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o setor de distribuição de combustíveis pode enfrentar um impacto financeiro de até R$ 10 bilhões devido a essa mudança. E assim,  essas alterações podem impactar diretamente no bolso do brasileiro.

O IBP , que representa grandes distribuidoras como Raízen, Ipiranga (Grupo Ultra) e Vibra Energia , estima que o preço da gasolina pode subir entre 4% e 7%, o que corresponde a um aumento de R$ 0,20 a R$ 0,36 por litro. Para o diesel, o incremento previsto é de 1% a 4%, ou R$ 0,10 a R$ 0,23 por litro. 

A empresa Ipiranga já alertou sua rede sobre o provável aumento nos preços da gasolina, etanol e diesel, previsto já para esta semana. Em comunicado divulgado pela agência de notícia Reuters, a empresa enfatizou que tais notificações fazem parte da rotina comercial com os revendedores, refletindo a nova política de preços. 

A empresa também disse que, apesar dos ajustes, os preços na bomba são definidos pelos próprios revendedores, operando sob um regime de livre iniciativa e concorrência.

“A Ipiranga informa que pratica uma política de preços alinhada aos parâmetros vigentes, atendendo às normas setoriais… A Ipiranga reforça, ainda, que o preço é livre e a prática do preço do combustível na bomba é uma decisão do revendedor, uma vez que a empresa opera em regime de livre iniciativa e concorrência, conforme previsto em lei”, disse a nota da empresa.

Na última semana, o preço médio da gasolina no Brasil foi de R$ 5,85 por litro, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A medida provisória, editada recentemente pelo governo, restringe o ressarcimento e a compensação dos créditos de PIS/Cofins. Essa decisão gerou uma forte reação contrária de várias indústrias, incluindo os setores de carne, sucos, laranja, petróleo, gás e até no café.

Assim, a nova MP impacta diretamente a cadeia de distribuição de combustíveis, aumentando os custos operacionais para as distribuidoras e, consequentemente, os preços finais para os consumidores. 

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