Nas últimas décadas, os carros têm aumentado expressivamente de tamanho. Os SUVs que eram compactos já são considerados médios, sedãs que antes eram compactos são vistos como médios e assim por diante. Esse crescimento também afetou os esportivos, como o Porsche 911 , que tem se expandido ano após ano. Michael Mauer, chefe de design da Porsche , reconheceu que a montadora não queria que o 911 crescesse tanto.
Em entrevista à revista australiana Drive, Mauer explicou que a expansão do 911 é resultado de regulamentações de segurança e da demanda por maior potência.
O aumento de potência requer componentes adicionais como freios maiores e pneus mais largos, além de um cofre de motor mais espaçoso. Esses fatores contribuem para o aumento das dimensões do carro.
Mauer gostaria que o 911 fosse menor, como era em seus primeiros anos. Porém, com a tecnologia atual de motores a combustão, isso não é viável. Ele comentou que, tecnicamente, seria possível reduzir o tamanho do esportivo se houvesse uma tecnologia de baterias elétricas mais avançada, permitindo um carro mais compacto com menor densidade de energia.
Atualmente, o 911 mede 4,53 metros de comprimento, 1,85 m de largura e tem um entre-eixos de 2,45 m. Quando lançado em 1964, o 911 possuía 4,16 m de comprimento, 1,61 m de largura e um entre-eixos de 2,21 metros.
Atualmente, o peso do 911 aumentou em cerca de 600 kg desde 1964, passando de 1.080 para números que podem superar os 1.600 kg dependendo da configuração.
Embora Mauer tenha considerado um 911 totalmente elétrico, essa ideia é descartada para esta década. Os fãs do modelo iônico ainda preferem o motor a combustão, porém a mudança para a eletrificação é vista como o caminho em um futuro não tão distante.
Porém, a idealização que o diretor de design da Porsche leva para si é que o 911 fosse menor como antigamente.