Colisões envolvendo superesportivos estão se tornando cada vez mais comuns nos noticiários, seja pela imprudência dos motoristas, preço dos carros ou ainda pelas vítimas que eles fazem ao acelerar em vias públicas. Entretanto, chama a atenção o fato desses carros sempre estarem completamente destruídos após as batidas. O que explica isso?
Modelos superesportivos possuem um valor muito elevado. Modelos da Porsche , Ferrari , Lamborghini e McLaren , por exemplo, são raros e disponíveis apenas para uma parcela de pessoas que podem desembolsar a generosa quantia. Um Porsche de entrada, por exemplo, custa mais de 500 mil reais.
Nesses casos, a lógica se aplica. Quanto mais caro for um bem, mais caro será o seguro esse bem. Isso faz com que alguns proprietários não façam o seguro desses carros. E quando isso acontece, é mais fácil para a seguradora determinar o pagamento do bem do que o reparo.
Dependendo do tipo de dano, encontrar mão de obra especializada pode ser complexo. Alguns modelos podem ter opções de configuração bem exclusivas, o que faz o valor das peças de reposição se tornarem ainda mais caras. A Porsche, por exemplo, oferece a pintura exclusiva “Paint to Sample”, onde a marca desenvolve uma cor baseada em uma amostra enviada pelo cliente. Essa opção, que não é oferecida em todos os modelos da gama, custa R$ 86 mil reais para o cliente da marca.
Além disso, muitos desses carros contam com fibra de carbono em sua carroceria. No caso dos McLaren, por exemplo, o chassi do carro é feito em fibra de carbono, o que deixa um eventual reparo muito mais complexo, compensando mais ainda o ressarcimento do proprietário.
Fazer os carros serem direcionados a leilão pode ainda fazer as seguradoras recuperarem parte do valor necessário para ressarcir os clientes de forma mais rápida