O envolvimento de Elon Musk na Guerra da Ucrânia, especialmente com o fornecimento da internet via satélite Starlink a Kiev, ganhou um novo e inusitado capítulo.
O ditador da Tchetchênia, Ramzan Kadirov, agradeceu publicamente a Musk pelo recebimento de um Cybertruck , a picape futurista da Tesla.
Em um vídeo postado no Telegram, Kadirov foi visto dirigindo o carro pelas ruas de Grozni, capital da Tchetchênia, e operando uma metralhadora instalada na caçamba do veículo.
Kadirov expressou sua gratidão a Musk, chamando-o de "gênio do nosso tempo" e convidando-o a visitar Grozni.
Musk, por sua vez, reagiu nas redes sociais, negando ter doado o veículo ao general russo, chamando a alegação de absurda e sugerindo que o vídeo poderia ter sido manipulado com inteligência artificial.
A chegada do Cybertruck à Tchetchênia levanta questões sobre as sanções ocidentais à Rússia, que teoricamente deveriam impedir a entrada de tais produtos no país.
Kadirov, que mantém fortes laços com as monarquias do Golfo Pérsico, especialmente com os Emirados Árabes Unidos, pode ter utilizado esses contatos para obter o veículo. Recentemente, ele também exibiu uma frota de picapes americanas Ram, operadas por suas forças de segurança, cuja origem permanece desconhecida.
Em relação ao Cybertruck, Kadirov foi só elogios, destacando suas qualidades como um veículo "invulnerável e rápido", e mencionou que o modelo seria enviado para a "operação militar especial", o termo oficial usado pela Rússia para descrever a guerra na Ucrânia.
Kadirov, no poder desde 2007, consolidou seu controle sobre a Tchetchênia de forma brutal, reprimindo tanto insurgentes quanto ativistas de direitos humanos e LGBTQIA+.
Ele também desempenha um papel estratégico como aliado de Vladimir Putin, especialmente na atração de investimentos do Golfo Pérsico.
Durante a atual guerra, tropas tchetchenas, incluindo o Batalhão Akhmat, continuam a lutar em nome da Rússia, sem sinais de perda de influência do ditador.
Enquanto isso, Musk permanece uma figura controversa no conflito, devido ao seu controle sobre o Starlink e seu impacto nas operações militares ucranianas.
