Parece ironia do destino, mas não é. O airbag, equipamento de segurança, usado para salvar vidas, está falhando e deflagrando de forma errada.
Estima-se que há 5 milhões de veículos transitando no mundo com airbags defeituosos.
O mega recall atinge os itens da marca Takata usado por 17 montadoras, produzidos entre 2001 e 2018. A falha detectada acionou um chamado mundial para a troca da peça.
No Brasil, ao todo, sete pessoas já morreram pelo acionado equivocado e em colisões de baixo impacto, ou seja, em situações que a fatalidade não foi ocasionada pela batida.
Calcula-se que há cerca de 2,5 milhões de carros com problemas no componente em circulação. O defeito ocorre pelo uso do nitrato de amônio para ativar a bolsa.
O composto químico, ao longo dos anos em exposição com umidade e calor, passa a corroer os metais, gerando a ação explosiva.
Como consultar se seu carro possui defeito:
1. Separe o número do chassi do carro ou da placa;
2. Acesse o site da Secretaria Nacional de Trânsito
;
3. Preencha os campos correspondentes;
4. Clique em Buscar;
O que devo fazer se o veículo estiver envolvido?
Caso apareça um resultado de recall, entre em contato com a montadora de seu carro para realização gratuita da troca do equipamento.
O recall, instrumento presente no 1º artigo do Código de Defesa do Consumidor, pretende que o fornecedor impeça ou procure impedir, ainda que tardiamente, que o consumidor sofra algum dano ou perda em função de vício que o produto ou o serviço tenha apresentado após sua comercialização.
Segundo as investigações realizadas pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão norte-americano responsável pela segurança no trânsito, a substância usada pela Takata sofreu uma deterioração que alterou suas propriedades do airbag, tornando-o excessivamente explosivo.
Por tanto, a Takata foi apontada como principal culpada somente no ano de 2014, após diversas explosões, momento em que as demais montadoras passaram a se preocupar com o problema.
Só no Brasil há 4.352.428 automóveis envolvidos, segundo dados disponibilizados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça. Porém, a convocação não atingiu nem a metade dos veículos, restando a preocupante marca de mais de 2 milhões de automóveis rodando sob o risco dos airbags mortais.