O governo federal , por meio do Ministério dos Transportes, está finalizando a regulamentação para implementar o pedágio eletrônico em rodovias concedidas. O novo sistema, conhecido como "free flow", permitirá a cobrança proporcional ao trecho percorrido pelos motoristas, e a resolução será apresentada na próxima semana.
Como funcionará o pedágio eletrônico?
O modelo prevê a instalação de pórticos nas estradas para leitura automática dos veículos. A identificação será feita através de "tags" instaladas nos para-brisas ou pelas placas dos carros, como ocorre no caso de multas. Quando o veículo passar por um pórtico, os dados serão captados e registrados em um sistema integrado, gerido nacionalmente.
O motorista terá até 30 dias para realizar o pagamento da tarifa, com as informações concentradas na CDT (Carteira Digital de Trânsito). Uma aba específica será criada no aplicativo, onde o usuário poderá acompanhar os valores cobrados e escolher a forma de pagamento.
Centralização e prazo de adaptação
Todas as transações de pedágios eletrônicos serão monitoradas pela Senatran , com suporte técnico do Serpro, empresa de tecnologia do governo. As concessionárias terão até 180 dias para se adaptar às novas regras, caso já utilizem o modelo em fase de testes.
Rodovias como a Rio-Santos (BR-101), a SP-333 em Itápolis, e algumas estradas na Serra Gaúcha e em Minas Gerais já utilizam o pedágio eletrônico e precisarão se ajustar às normas nacionais. A expectativa do governo é que, com o tempo, todas as rodovias substituam as tradicionais praças de pedágio pelo sistema eletrônico, reduzindo custos operacionais e aumentando a eficiência.