Um projeto de lei prevê aulas de direção com carros elétricos e câmbio automático como parte do processo para a carteira de motorista no Brasil. A proposta, PL 3.688/2024, sugere mudanças importantes na formação dos novos condutores.
Entre as sugestões do projeto estão o uso de veículos elétricos e de câmbio automático nas aulas práticas, refletindo a crescente popularidade desses modelos no país. Além disso, a proposta prevê um curso de educação no trânsito, que ainda não foi devidamente implementado, apesar de estar no Código de Trânsito desde 1997. A formação obrigatória é vista como uma medida de segurança pública, visando a proteção e formação cidadã dos condutores.
Maior acessibilidade aos novos condutores
O texto do projeto sugere que os cursos de direção incluam temas como legislação de trânsito, cidadania, direção defensiva, primeiros socorros e noções de proteção ambiental, garantindo uma formação mais completa para os futuros motoristas. Outro ponto importante é que as aulas práticas possam ser realizadas com veículos automáticos e elétricos, o que ainda não é permitido oficialmente pela legislação de trânsito atual.
Atualmente, mais de 70% dos veículos produzidos no Brasil já contam com câmbio automático, justificando a necessidade de que os novos condutores também possam aprender a dirigir nesses veículos.
Em países como Japão, Alemanha e Reino Unido, já existe uma divisão na habilitação: condutores que fazem o teste em veículos automáticos só podem dirigir esse tipo de carro, enquanto os que realizam a prova em veículos manuais têm permissão para conduzir ambos. O Brasil, porém, não faz essa distinção atualmente.
Caso aprovado, o projeto de lei prevê aulas de direção com carros elétricos como uma opção que acompanhará as tendências de mercado, facilitando o acesso e a formação dos novos motoristas com uma tecnologia mais sustentável e moderna.