No Brasil , a idade média dos carros já passou dos 11 anos, segundo o Sindipeças. Isso ocorre pelo alto custo dos veículos novos, juros altos e dificuldade de crédito, o que leva muitos consumidores a optarem por carros usados.
A demanda por esses carros segue forte, com previsão de atingir um recorde de 15 milhões de vendas em 2024. Esse número é cerca de seis vezes maior que a produção de carros novos no país.
Riscos de uma frota antiga
O envelhecimento da frota traz sérios problemas. Modelos mais antigos, como Fiat Palio , Uno e Volkswagen Gol , são procurados, mas não contam com tecnologias de segurança dos carros modernos. O desgaste dos componentes, como pneus, freios e sistemas de iluminação, aumenta o risco de acidentes. Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que 30% dos acidentes nas rodovias ocorrem por veículos sem a manutenção adequada.
Outro ponto preocupante é o impacto ambiental. Carros antigos tendem a poluir mais e aumentar as emissões de gases de efeito estufa, agravando o aquecimento global.
Além disso, manter um carro 0-km está caro. Segundo a Autoesporte, o custo médio anual de um carro novo é de cerca de R$ 30 mil, incluindo impostos e despesas básicas. Por isso, muitos preferem carros usados, recorrendo a pneus remoldados e peças de segunda mão, que custam menos mas comprometem a segurança.