Honda e Nissan estão em negociações para uma fusão, segundo o jornal japonês Nikkei. O objetivo é combinar recursos para competir no mercado global de veículos elétricos , onde enfrentam forte concorrência de fabricantes como Tesla e empresas chinesas .
A fusão proposta incluiria também a Mitsubishi Motors, parte da aliança que envolve Nissan, Mitsubishi e Renault. As empresas estão considerando operar sob uma única holding e devem assinar um memorando de entendimento em breve para formalizar a nova entidade resultante.
A Nissan detém 24% da Mitsubishi, sendo a acionista majoritária da marca. A ideia é que a fusão fortaleça a posição no mercado de carros elétricos, onde a participação conjunta das montadoras é atualmente de 8% para Honda e 1,5% para Nissan, segundo o Nikkei.
Fusão de gigantes
De acordo com a Reuters, a fusão entre Honda e Nissan será a segunda maior da história do setor automotivo. Ficará atrás apenas da junção entre Fiat Chrysler e PSA Peugeot Citroën, que formaram a Stellantis em 2021, com um valor combinado de US$ 52 bilhões.
No ano passado, Honda e Nissan venderam juntas 7,4 milhões de veículos globalmente, sendo 4 milhões da Honda e 3,4 milhões da Nissan. A Toyota, líder em vendas entre as montadoras japonesas, vendeu 11,2 milhões de veículos no mesmo período.
A Mitsubishi, ainda sob controle da Nissan, vendeu 800 mil unidades. Somando as vendas das três empresas, o total de 8,2 milhões de veículos ainda fica abaixo do patamar alcançado pela Toyota, destacando a importância da fusão para aumentar a competitividade.
Histórico de colaboração
Em agosto, Honda e Nissan já haviam anunciado um acordo para pesquisas conjuntas em tecnologias de plataformas para veículos inteligentes e eletrificados. As empresas estão investindo em desenvolvimento de software, incluindo condução autônoma e inteligência artificial.
Honda e Nissan acreditam que a inovação tecnológica rápida nesse setor pode ser melhor aproveitada pela fusão de recursos. A colaboração visa fortalecer a competitividade por meio do conhecimento tecnológico e recursos humanos de ambas as empresas.
O projeto conjunto destaca o entendimento de que o software será crucial para determinar o valor dos veículos no futuro. As duas montadoras veem a fusão como uma oportunidade para otimizar sinergias e acelerar inovações no mercado de veículos elétricos.