Luciana de Farias Cardoso, moradora de Araçoiaba da Serra, São Paulo, recebeu uma multa inesperada. O registro foi feito em Uberlândia, Minas Gerais, por "conduzir veículo registrado que não esteja devidamente licenciado". A multa, no valor de R$ 293,47, surpreendeu Luciana, que nunca visitou Uberlândia.
A infração é considerada gravíssima e adicionaria sete pontos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Luciana. O carro está devidamente licenciado desde 11 de junho de 2024. Preocupada, Luciana tomou medidas para contestar a penalidade recebida em setembro do ano passado.
Luciana registrou um boletim de ocorrência e entrou com um recurso contra a multa em outubro. Este ano, a Coordenadoria Estadual de Gestão de Trânsito (CET) de Minas Gerais aceitou o recurso. A condutora não precisará se responsabilizar pela infração atribuída a ela.
Em nota, a CET-MG informou que a defesa apresentada por Luciana foi aceita. Não haverá nenhum ônus para a motorista. A análise não indicou clonagem do veículo. Com a conclusão do caso, a infração será excluída do prontuário de Luciana.
Recursos e estatísticas da CET-MG
Das infrações analisadas pela CET-MG, 18.856 tiveram recursos registrados até janeiro de 2025. Destas, 344 foram deferidas. As demais estão em análise ou foram indeferidas. Luciana está entre os casos aprovados, aliviada pela correção do erro administrativo.
Luciana destacou ao portal G1: "A questão não é o valor e, sim, o fato de eu ser inocente e ter que levar os sete pontos na carteira. Nunca levei multa, dirijo certinho, deve ter sido erro de digitação da placa".
Luciana vive com o marido e a filha em Araçoiaba da Serra. A filha, diagnosticada com esquizofrenia, limita as viagens da família. Luciana mencionou que visitou apenas o Paraná e Panorama, na fronteira com Mato Grosso do Sul, reforçando que nunca esteve em Minas Gerais.
Na próxima quinta-feira, Luciana completará 52 anos. Ela expressou alívio em poder celebrar seu aniversário sem a preocupação dos pontos na CNH. Apesar da rotina corrida com os cuidados médicos da filha, a resolução do caso trouxe tranquilidade para a motorista paulista.