Desde 1º de janeiro, os carros zero-km no Brasil precisam seguir regras mais rigorosas para reduzir a poluição . Isso acontece por causa do Proconve L8 (PL8), uma nova fase do programa que busca diminuir as emissões e tornar o transporte mais limpo.
Com isso, algumas montadoras tiveram que mudar seus motores. Em alguns casos, houve redução de potência, enquanto outros modelos foram ajustados para manter o consumo eficiente e atender às exigências do Inmetro, que define a etiqueta de eficiência obrigatória nos carros novos.
Motores perdem potência, mas melhoram consumo
Um dos exemplos mais marcantes é o motor 1.3 turbo T270 da Stellantis, usado nos Jeep Renegade, Compass e Commander, além dos Fiat Fastback, Pulse e Toro. A partir de 2025, a potência caiu de 185 cv para 176 cv com etanol (antes era 180 cv com gasolina). Apesar disso, o torque não mudou e a marca garante que a diferença no desempenho é quase imperceptível.
A Hyundai também precisou adaptar seus motores. O 1.0 turbo, que antes gerava 120 cv com qualquer combustível, agora só atinge esse número com etanol. Com gasolina, a potência foi reduzida para 115 cv. No caso do motor 1.0 aspirado, houve um pequeno aumento no torque com gasolina, melhorando levemente o desempenho e o consumo.
As mudanças seguem as metas ambientais do Brasil. O PL8 estabelece limites mais duros para poluentes como óxidos de nitrogênio e gases orgânicos não-metanos (NMOGs), que afetam a qualidade do ar. Com as atualizações, o Hyundai HB20 1.0 aspirado reduziu suas emissões desses poluentes de 25 mg/km para 19 mg/km. A emissão de monóxido de carbono caiu pela metade, enquanto a de dióxido de carbono subiu levemente, mas ainda dentro dos novos limites.
No caso do Hyundai HB20S, a redução foi ainda maior. Esse modelo conseguiu diminuir em mais de um terço os gases poluentes e cortar a emissão de monóxido de carbono pela metade. Os ajustes mostram o impacto positivo do PL8, ajudando a reduzir a poluição gerada pelos veículos no Brasil.