A KTM evita falência após meses de incertezas, cortes de custos e dificuldades financeiras. A montadora austríaca enfrentou ameaças de insolvência, paralisação de produção e até a venda da MV Agusta, que havia sido adquirida recentemente. No entanto, um novo plano de reestruturação foi aprovado pelos credores, garantindo a continuidade da marca. O detalhe mais curioso é que, além da indiana Bajaj, um investidor misterioso também ajudou a salvar a empresa, mas sua identidade permanece desconhecida.
Plano de reestruturação garante sobrevivência da KTM
Segundo a AKV, empresa austríaca que supervisiona o processo de reestruturação, os credores aceitaram o plano da KTM, que prevê o pagamento de apenas 30% das dívidas, o equivalente a cerca de US$ 630 milhões dos quase US$ 3 bilhões de passivos acumulados. Esse montante deverá ser pago até 25 de maio.
O novo plano também prevê um investimento de US$ 800 milhões para a retomada da marca. A Bajaj, que já produz a linha 390 da KTM, já aportou US$ 52 milhões e pretende injetar mais US$ 100 milhões no próximo mês. Esse aporte permitirá que a KTM evita falência e retome a produção gradualmente, com a previsão de funcionamento total das quatro linhas em até três meses.
No entanto, o AKV revelou que, apesar da aprovação do plano de reestruturação, os outros investidores não foram divulgados. "O nome do investidor financeiro ainda é desconhecido", declarou a entidade. Isso levanta questionamentos sobre o futuro da KTM e quais serão as condições impostas pelos financiadores para a continuidade da marca.
Futuro da KTM ainda é incerto
Mesmo com a reestruturação em andamento, a KTM ainda precisa resolver vários desafios. A empresa enfrenta a necessidade de reduzir estoques nas concessionárias e definir se continuará investindo na MotoGP. Além disso, o co-CEO Stefan Pierer pode perder ainda mais controle sobre a companhia, dependendo das decisões dos novos investidores.