Audi Q6 E-tron
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Audi Q6 E-tron


A Audi teve uma queda de 38% no lucro operacional em 2024 e anunciou um plano de reestruturação que inclui a demissão de 7.500 funcionários até 2029. A marca de luxo da Volkswagen enfrenta um momento desafiador com a crescente concorrência dos elétricos chineses e as tarifas mais altas para exportação aos Estados Unidos.


Lucro da Audi despenca e cortes são anunciados

A receita da Audi caiu 7,63% em 2024, impactando diretamente o lucro operacional, que despencou 37,85% em relação ao ano anterior. O lucro por unidade vendida também sofreu uma queda expressiva de 29,54%. Como resposta, a montadora revelou que eliminará 7.500 vagas na Alemanha nos próximos anos para reduzir custos e direcionar sua produção para veículos elétricos.

O corte de vagas, negociado previamente com sindicatos, deve gerar uma economia de 1,1 bilhão de euros (aproximadamente 6,8 bilhões de reais). Ao mesmo tempo, a Audi investirá 8,8 bilhões de euros (54,7 bilhões de reais) nos próximos cinco anos em suas linhas de montagem para modelos elétricos.

As mudanças ocorrem em um momento econômico desafiador para a Alemanha, agravado pela estagnação do mercado europeu e pelas ameaças tarifárias dos Estados Unidos. Caso Donald Trump mantenha sua proposta de impor uma tarifa de 25% sobre veículos europeus, os modelos da Audi podem ficar inviáveis para o mercado americano.

Demissões e crise afetam outras montadoras

O corte de 7.500 postos de trabalho representa 8,6% da força de trabalho da Audi e soma-se às 35.000 vagas eliminadas pelo Grupo Volkswagen até 2030. Além disso, a Audi registrou queda de 11,8% nas vendas em 2024, afetando também outras marcas do grupo, como Bentley, Lamborghini e Ducati.

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