A primeira grande frente fria de 2025, com avanço previsto para o final de maio, deve derrubar as temperaturas em várias regiões do Brasil, especialmente no Sul e Sudeste.
Com isso, aumenta a preocupação com o desempenho do motor e da bateria de veículos particulares, já que o frio intenso compromete o funcionamento de sistemas mecânicos e elétricos.
O frio torna o óleo lubrificante mais denso, o que exige mais esforço do motor de partida e, consequentemente, da bateria.
Em cidades onde as mínimas se aproximam dos 10°C ou menos, a atenção a esses componentes se torna essencial para evitar panes logo nas primeiras horas do dia.
Partida a frio ainda preocupa
Mesmo com o avanço da tecnologia embarcada, grande parte da frota brasileira ainda depende de sistemas convencionais de partida a frio.
Carros flex, em especial, contam com um pequeno reservatório auxiliar de gasolina — conhecido como “tanquinho” — cuja função é facilitar a ignição quando o etanol apresenta baixa volatilidade.
É comum esquecer o abastecimento do tanquinho, o que pode causar acúmulo de borra e entupimento. A gasolina deve ser trocada a cada três meses, no caso da comum, ou a cada seis, se aditivada.
Manutenção da bateria deve ser prioritária
A bateria é o componente mais exigido em dias frios. Verificar o estado da carga e o funcionamento do alternador é indispensável antes da chegada do inverno.
A recomendação inclui evitar ligar equipamentos elétricos antes da partida, como faróis e sistema de som, além de evitar o acionamento constante do motor em congestionamentos.
A prática de pressionar o pedal da embreagem durante a partida também é eficaz, pois desacopla o motor da transmissão e reduz o esforço exigido da bateria.
Lubrificação e ar-condicionado
Temperaturas baixas também influenciam a viscosidade do óleo do motor.
Óleos com especificações mais leves, indicados pelo fabricante para uso em clima frio, garantem melhor circulação nas primeiras voltas do motor.
Filtros de óleo e de ar, se obstruídos, dificultam ainda mais o desempenho.
Ainda que menos utilizado no inverno, o sistema de ar-condicionado deve ser ligado regularmente, mesmo que por poucos minutos.
A prática previne o ressecamento de dutos e a proliferação de fungos e bactérias nos filtros.
Além disso, o ar-condicionado desempenha papel essencial na remoção da umidade dos vidros em dias chuvosos ou de neblina.
Estacionamento em local coberto faz diferença
Deixar o carro pernoitando ao relento, especialmente em regiões de serra ou com registros de geada, compromete ainda mais a performance do motor pela manhã.
Sempre que possível, é recomendado o uso de garagens cobertas ou proteção com capas automotivas térmicas.