
A segunda geração do Fiat Uno completa 15 anos desde o lançamento em maio de 2010, período em que consolidou presença no mercado brasileiro de compactos.
Desenvolvido no Polo Automotivo de Betim (MG), o modelo assumiu o desafio de suceder um dos veículos mais populares da história da indústria nacional, o Uno lançado em 1984.
O projeto rompeu com o desenho do antecessor e introduziu o conceito visual denominado “Round Square” — combinação de linhas quadradas com cantos suavizados.
A proposta partiu do Design Center South America, unidade que conduziu o desenvolvimento focado no perfil do consumidor brasileiro, segundo a Stellantis.
Sucesso nas ruas
Na época, o Uno chegou às concessionárias com quatro versões: Vivace 1.0 Flex, Attractive 1.4 Flex e as variantes aventureiras Way 1.0 e 1.4.

O portfólio incluía 14 opções de cores, três delas inéditas no catálogo da Fiat: Amarelo Citrus, Azul Splash e Verde Box.
A estratégia visual resultou em associações populares, como o apelido de “Uno marca-texto” atribuído às unidades na cor amarela.
Além do design, o modelo estreou dois motores da linha Fire Evo, com versões 1.0 e 1.4, ambos bicombustíveis.
O motor 1.0 desenvolvia 73 cv e 9,5 kgfm de torque com gasolina, números que subiam para 75 cv e 9,9 kgfm com etanol.
Na configuração 1.4, a potência chegava a 88 cv e o torque a 12,5 kgfm com etanol, valores acima da média do segmento naquele período.
Em 2014, o Uno também se tornou o primeiro veículo nacional de produção seriada equipado com sistema Start-Stop, tecnologia que desliga o motor em paradas para reduzir consumo e emissões. O recurso estreou na linha Evolution, destinada à atualização do modelo.
Duas décadas após o lançamento da primeira geração, o Uno recebeu, em 2016, a segunda reestilização e adotou a nova família de motores Firefly, desenvolvida para aprimorar eficiência energética e desempenho.
Foram incorporados ainda controle de tração, controle de estabilidade e assistente de partida em rampas — elementos que, até então, não eram comuns no segmento de entrada no país.
A produção do Uno foi encerrada oficialmente em 2021, com a série especial Uno Ciao, limitada a 250 unidades.
O nome, que em italiano significa tanto saudação quanto despedida, encerrou um ciclo iniciado em 1984, ano que marcou o início da fabricação do modelo em Betim. Segundo a Stellantis, no total, 4.379.356 unidades foram produzidas.