Motorista é preso ao admitir compra de carro roubado online

Veículo tomado em assalto no Rio foi recuperado na Dutra; PRF autuou homem em flagrante por receptação e adulteração

Motorista diz ter comprado carro roubado em rede social e é preso
Foto: Divulgação/Polícia Federal
Motorista diz ter comprado carro roubado em rede social e é preso

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu em flagrante, na madrugada de domingo (17), um homem de 43 anos que dirigia um carro roubado na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), em Lavrinhas, no estado de São Paulo.

O veículo, um Toyota Corolla preto, havia sido tomado em assalto em outubro de 2024, no Rio de Janeiro.

Segundo a PRF, o condutor tentou fugir ao avistar a fiscalização, mas foi alcançado poucos metros à frente. Durante a checagem, foram constatadas adulterações nos sinais identificadores.

O motorista afirmou ter adquirido o veículo por meio de uma rede social e que ainda o financiava, sem realizar a transferência. O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Cruzeiro (SP).

Fiscalização e abordagem

A ação começou quando os agentes perceberam a tentativa de fuga do motorista. Após acompanhamento tático, conseguiram interceptar o veículo.

A documentação apresentada tinha divergências em relação ao modelo declarado. Com a análise detalhada dos sinais preservados, a equipe identificou que o carro era produto de roubo à mão armada.

O condutor recebeu voz de prisão e foi enquadrado nos artigos 180 (receptação) e 311 (adulteração de sinal identificador) do Código Penal. O automóvel foi recolhido e permanecerá à disposição da Justiça.

Riscos da compra em redes sociais

A PRF alerta que a negociação de veículos por redes sociais pode expor o comprador a fraudes e responsabilização criminal.

Carros vendidos sem intermediação oficial podem ser clonados, roubados ou financiados irregularmente.

Mesmo quem alega desconhecimento da origem ilícita responde por receptação, crime com pena prevista de 1 a 4 anos de reclusão.

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2024 foram registrados mais de 180 mil roubos e furtos de veículos no país.

Uma parcela significativa deles é destinada a esquemas de clonagem e revenda ilegal.

Entidades de defesa do consumidor reforçam que a checagem do histórico, o exame minucioso de sinais identificadores e a exigência de nota fiscal ou contrato formal são medidas essenciais para evitar prejuízos.

A compra segura deve priorizar concessionárias, revendedoras e plataformas digitais autorizadas.