Recall atinge mais de 160 mil Jeeps por risco das portas soltarem

Wagoneer e Grand Wagoneer fabricados entre 2022 e 2025 são os convocados para reparo

Jeep Wagoneer 2025
Foto: Divulgação/Jeep
Jeep Wagoneer 2025

A Stellantis anunciou, nos Estados Unidos, o recall de quase 164 mil veículos Jeep Wagoneer e Grand Wagoneer, produzidos entre 2022 e 2025, para reparo de acabamentos das portas.

A falha pode resultar no desprendimento das peças, afetando motoristas e passageiros. As concessionárias farão a substituição gratuita.

O alerta foi emitido pela Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA), que já havia registrado, em setembro, outro recall da Stellantis envolvendo 92 mil unidades do Jeep Grand Cherokee por erro de software.

A montadora também enfrenta investigação sobre 287 mil minivans Pacifica (2017-2018) por possíveis falhas na direção elétrica.

Histórico recente de falhas

Nos últimos meses, a Stellantis vem acumulando chamados de segurança nos Estados Unidos.

O caso mais recente, no início de setembro, envolveu o Jeep Grand Cherokee, cuja falha no processador híbrido poderia provocar perda repentina de potência.

Além disso, há uma apuração em andamento sobre a linha Chrysler Pacifica. Segundo a NHTSA, os modelos 2017 e 2018 podem apresentar defeitos no sistema de direção elétrica, com potencial risco de acidentes.

A repetição de recalls em curto intervalo pressiona a imagem da empresa, que já se comprometeu a revisar seus protocolos internos de qualidade.

Impacto para consumidores

O recall atual cobre veículos produzidos em três anos seguidos, ampliando o alcance do problema.

Motoristas afetados devem agendar a inspeção nas concessionárias Jeep, onde técnicos verificarão o estado dos acabamentos das portas.

Embora o reparo seja gratuito, especialistas em segurança automotiva alertam que falhas recorrentes podem afetar a confiança dos consumidores, sobretudo em modelos premium como Wagoneer e Grand Wagoneer, que têm preços iniciais acima de US$ 60 mil (R$ 337 mil na cotação atual).

A NHTSA reforça que, apesar do risco, não há até agora registro oficial de acidentes relacionados ao desprendimento das peças.