
O mercado automotivo brasileiro passa por um momento de contrastes em 2025, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). De um lado, o número de veículos emplacados segue em crescimento, com alta de 8,9% no acumulado do ano. Do outro, a produção nacional sofre com a queda nas exportações e o avanço de importados, especialmente os modelos vindos da China, que já representam 5,7% do mercado, com alta de 52,9% no ano.
Emplacamentos seguem em alta
Outubro registrou 219,4 mil veículos licenciados, um avanço de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, já são 2,12 milhões de unidades, o que representa crescimento de 8,9%.
Produção desacelera, apesar da demanda
Apesar do bom desempenho nas vendas internas, a produção recuou 1,5% em outubro, totalizando 206,3 mil unidades. No acumulado de janeiro a outubro, foram produzidos 1,99 milhão de veículos, números praticamente iguais ao do mesmo período de 2024 (alta de 0,1%).
Exportações seguem pressionadas
As exportações continuam sendo o principal freio para a recuperação mais da produção. Foram 30,3 mil unidades embarcadas em outubro, queda de 4,1% frente a setembro. No acumulado do ano, o recuo é mais expressivo: 16,5%, com 311 mil unidades exportadas.
Segundo dados da Anfavea, o desempenho fraco em mercados tradicionais da América Latina e a competição com importados de maior valor agregado são fatores que impactam diretamente os volumes exportados.
Chineses ganham espaço e desafiam concorrência
Um dos destaques do setor em 2025 é o avanço dos veículos chineses. Impulsionados por modelos eletrificados e pela estratégia agressiva de preços e tecnologia, os automóveis da China cresceram 52,9% no acumulado do ano. A participação de mercado subiu de 3,7% em 2024 para 5,7% neste ano.