Primeira picape RAM produzida fora dos Estados Unidos e que acabou de completar um ano de lançamento no Brasil, a Rampage foi colocada à prova durante o RAM Expedition, ação promovida pela marca na Argentina. Um grupo de 20 jornalistas foi convidado a encarar mais de 1.000 quilômetros a bordo da picape em um percurso que contou com diferentes tipos de piso, como asfalto, terra e cascalho. Para isso, a RAM disponibilizou aos participantes as versões Rebel (motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos) e Laramie (motor 2.0 turbo Hurricane a gasolina de 272 cavalos).

Foram três dias de expedição, que começou na cidade de Salta, ao pé da Cordilheira dos Andes. No primeiro dia, o destino era Salinas Grandes, considerado o segundo maior salar do mundo. Esse trecho de quase 300 km contou com as muitas curvas sinuosas e os terrenos arenosos da Rota 52, conhecida como Cuesta de Lipán.

Uma experiência única e que gerou ainda mais impacto quando o comboio chegou ao "mar de sal", uma região que já foi coberta pela água do mar, mas que agora é toda formada por um piso de sal com mais de 30 centímetros de de profundidade. Da saída em Salta, situada a cerca de 1.200 metros de altitude, as picapes chegaram aos 4.170 metros acima do nível do mar, o ponto de maior altitude da expedição.   

 Minha experiência foi com a Rampage equipada com o 2.0 turbo Hurricane movida a gasolina e que pouco sentiu os efeitos da altitude, detalhe que pude aprofundar conversando com Detlef Altwig, responsável técnico pela expedição e com um longo currículo de experiências off-road. “É preciso lembrar que, a cada mil metros de altura em relação ao nível do mar que subimos, há uma redução de cerca de 10% do oxigênio presente na atmosfera. Ou seja, a quatro mil metros de altura, experimentamos uma redução de até 40% do oxigênio.”  Na prática, foi fácil perceber os efeitos do ar rarefeito pela minha respiração bastante ofegante quando precisei fazer um pequeno esforço ao caminhar em um trecho íngreme que nos levava a um ponto estratégico para fotos panorâmicas do local.

E essa é uma situação que acaba afetando diretamente qualquer veículo que encara a altitude, pois são prejudicados pela mistura de ar e combustível "pobre" dentro da câmara de combustão. “Isso é verdade, mas no caso das picapes Rampage, a eletrônica atua para compensar o ar rarefeito e administra o maior volume de combustível que entra na câmara de combustão. A consequência é o aumento do consumo e a redução da potência sim, mas não é nada muito significativo”, reforçou Detlef. E na prática, como eu pude conferir andando com a Rampage 2.0 de 272 cavalos, a perda de potência foi praticamente imperceptível, já que o motor é bem forte, trabalha com uma transmissão de nove velocidades e tem tração 4X4. No consumo, mesma coisa, nada muito diferente do que registramos normalmente no trânsito pesado das grandes cidades. Como comentou Detlef, “talvez se você fosse fazer uma medição de um 0 a 100 Km/h aqui, aí sim perceberia uma redução nos números, mas não é o caso.”

 Na volta do primeiro dia da expedição, o grupo teve direito a uma parada na bonita região de Purmamarca, conhecida por suas montanhas coloridas, até a o retorno ao ponto de partida, em Salta, fechando um percurso de quase 600 km. No segundo dia, encaramos mais 250 quilômetros até a cidade de Cafayate, agora à oeste do país, pela Rota 68, que corta um longo e impactante trecho de cânions de cores avermelhadas. Para quem não conhece, Cafayate é a segunda maior região produtora de vinhos de altitude da Argentina, atrás apenas de Mendoza.

Já no terceiro e último dia da RAM Expedition, o comboio saiu bem cedinho rumo a Salta, onde tudo começou. Cumprimos o último percurso de 250 km e chegamos com todas as picapes Rampage completamente inteiras e prontas pra seguir outra viagem, caso fosse necessário. Esta primeira edição do RAM Expedition é uma das ações planejadas para a celebração dos 15 anos da Ram como marca independente. E a RAM do Brasil pretende realizar novas edições como essa para os clientes membros do Ram Society, um programa de benefícios e experiências para os proprietários de modelos da marca.

*Viagem feita a convite da RAM do Brasil