No ano passado a Fiat lançou seus dois primeiros modelos híbridos produzidos no Brasil, Fastback e Pulse, nas versões Audace e Impetus. Eles foram os escolhidos para estrear a tecnologia Byo-Hybrid, nome escolhido pela Fiat para o seu sistema de propulsão híbrida. Para isso, utilizou a seguinte receita: juntou o bom motor T200 - 1.0 turbo flex de 3 cilindros – de 130 cavalos de potência, mais um pequeno motor elétrico de 3 kW - que substitui o alternador e o motor de arranque - e duas baterias, uma tradicional de chumbo ácido e outra de íon de lítio.
Já entre o motor elétrico e as baterias, instalou um módulo que gerencia a atuação das duas conforme cada situação. É um sistema do tipo híbrido leve, ou micro híbrido, que conta ainda com a transmissão automática do tipo CVT. Neste caso, o motor elétrico nunca traciona diretamente as rodas, apenas reduz o esforço do motor a combustão em situações específicas, em especial, na saída da imobilidade. Mas entra em ação também na estrada, quando o carro atinge a velocidade de cruzeiro e o propulsor elétrico mantém o motor a combustão em movimento sem uso de combustível. O resultado direto é a redução do consumo, mas ele é diferente do sistema híbrido pleno, como o utilizado no Toyota Corolla, por exemplo, que oferece até um modo 100% elétrico para pequenos percursos. E como todos os híbridos, vai bem no circuito urbano,
Mais silêncio e consumo um pouco melhor
No dia dia na cidade, é fácil notar o comportamento um pouco diferente já pela ausência do barulho do motor de arranque na partida. Depois, o ruído geral é menor também, pois o motor trabalha em rotação mais baixa a maior parte do tempo. Só não dá esperar uma retomada mais robusta como acontece com os modelos onde o motor elétrico também traciona as rodas. O resultado prático é igual ao Pulse equipado só com o 1.0 turbo flex, e que é muito bom. Tanto que não houve alteração nos números de torque e potência do T200 no Pulse híbrido: 130 cavalos e 20,4 Kgfm de torque com etanol. Mas e o consumo, será que ficou melhor mesmo? Pelos números oficiais pelo ciclo Inmetro, na cidade o Pulse reduziu o consumo em 10,7%, fechando em 13,4 Km/l na cidade e 14,4 Km/l na estrada (com gasolina). Um número não tão expressivo, mas importante, que pode fazer a diferença na conta do final do mês. Aliás, para ajudar, ele tem o Start Stop, recurso que desliga e liga o motor a combustão automaticamente em paradas no trânsito.
No mais, o Pulse híbrido Audace e Impetus seguem com o mesmo bom pacote de conteúdo das versões a combustão, como as assistências à condução do ADAS, trazem ar-condicionado automático digital, volante multifuncional em couro, entradas USB tipo A na traseira, e agora mais duas novidades. A primeira é a central multimídia com tela 10,1” como item de série a partir da versão Audace - antes disponível só partir da versão Impetus - com Apple Carplay e Android Auto sem fio. A segunda novidade é a página que mostra o fluxo de energia no painel de instrumentos digital de 7 polegadas, com informações sobre o nível de carga das baterias e o processo de regeneração de energia.
Em resumo, o Pulse híbrido tem receita um pouco diferente se comparado a um híbrido pleno, que normalmente oferece mais potência, consumo bem baixo andando na cidade e modo 100% elétrico. Mas aqui tem um ponto que vale considerar: neste momento, o Pulse é o híbrido mais acessível do mercado nacional, na faixa dos R$ 150 mil reais, detalhe que deve estimular a concorrência a lançar carros híbridos mais acessíveis também. Aí sim essa tecnologia pode ganhar força de verdade e fazer parte da realidade de muito mais gente!
Preços Fiat Pulse T200 Hybrid AT
Audace: R$ 129.990,00
Impetus: R$ 144.990,00