
O ano de 2025 está sendo muito especial para a Jeep do Brasil, a começar pela comemoração dos 10 anos de produção nacional no Polo Automotivo de Goiana, estado de Pernambuco. Ele foi inaugurado em abril de 2015, com início da produção do Jeep Renegade, SUV compacto que trouxe importantes inovações para o segmento. De lá pra cá, muita história para contar com a chegada de outros modelos produzidos em Goiana - Compass e Commander – e que agora em 2025, ao lado do Renegade, estão garantindo um número expressivo para a Jeep no Brasil, prestes a bater a marca de 1,3 milhão de SUVs produzidos no país.

Pois no embalo das comemorações pelos 10 anos de Brasil, o presidente da Stellantis América do Sul, Emanuele Capellano, confirmou uma notícia já esperada: a produção e venda no Brasil do SUV Avenger, a partir de 2026. O modelo já é sucesso no mercado europeu, onde foi lançado em 2023. Lá, conta com versões a combustão, híbridas e uma 100% elétrica. No Brasil, a expectativa é que chegue prioritariamente com a propulsão híbrida Bio-Hybrid da Stellantis, que pode ser a micro-híbrida aplicada nos modelos Fiat Fastback e Pulse, com o motor turbo flex de 130 cavalos, mas também existe a expectativa de que a marca utilize seu novo sistema híbrido de 48V, o Bio-Hybrid e-DCT, que deve estrear no Compass ainda este ano, apoiado também pelo motores flex do Grupo.

O menor Jeep da história
O Avenger é o menor modelo produzido pela marca em toda sua história. O SUV subcompacto tem 4,08 metros de comprimento (contra 4,27 metros do Renegade), e é mais baixo, 1,53 metro de altura, contra 1,70 metro do irmão. Mas seu entre-eixos é praticamente o mesmo: 2,56 metros (o Renegade tem 2,57 metros). Isso quer dizer que oferece mais versatilidade urbana, mas sem comprometer o conforto de passageiros. Também tem linhas predominante quadradas, fiéis ao clássico estilo dos SUVs Jeep, e será a porta de entrada da marca no Brasil e com o preço mais baixo da tabela. Isso nos leva a imaginar que talvez não tenha tanto glamour no acabamento interno e nem tantos equipamentos de ponta. Mas, na prática, é bem difícil acreditar que a Jeep se arrisque a entregar um modelo com acabamento modesto, por exemplo, o que iria contra a tudo que oferece aqui em seus carros. Como nada foi confirmado, o que dá pra especular é que chegue com boa dose de tecnologia e conectividade, como acontece na Europa, e conforto bem próximo do que se vê nos demais SUVs da marca, com preço numa faixa entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. Ou seja, valores abaixo dos pedidos pelo Renegade.

O que esperar do Avenger
O Jeep Avenger é mais um carro que vai ajudar a sacramentar uma situação inevitável: o processo de extinção dos modelos hatchback (o que já vem acontecendo com os sedãs, vítimas dos SUVs médios). Assim como Fiat Pulse, Renault Kardian e o VW Tera - que chega na próxima semana - o Avenger, mesmo com linhas mais fiéis aos SUVS, também carrega as boas características de um hatch, mas com a carroceria “bombada” e musculosa, além da suspensão um elevada, algo que tanto agrada os atuais compradores de carro. Assim, o que dá para esperar para o Avenger, é que seja mais um modelo que encante os consumidores brasileiros e mantenha a Jeep na liderança do segmento no mercado nacional. Além disso, ele vai ter a importante missão de ajudar no processo de transição da propulsão a combustão para a eletrificada nos modelos Jeep no Brasil. E para quem achava que o fim do Renegade estaria decretado com a chegada do irmão menor, a diretoria já refutou qualquer possibilidade nesse sentido: “O Avenger vai ter seu público no Brasil e o Renegade não vai sair de linha. Eles vão conviver em harmonia e o Renegade continuará vivo por muito tempo”, reforçou Hugo Domingues, vice-presidente da marca Jeep para a América do Sul.

Jeep Avenger já foi lançado no Chile
Na mesma semana em que anunciou o Avenger para o Brasil, a Jeep fez o lançamento do novo SUV para a imprensa de alguns países da América Latina, como Chile, Uruguai e Peru, que vão receber o Avenger importado da Polonia e com configurações específicas para cada mercado. No Chile já está à venda e aparece no website da marca em versão equipada com o motor 1.2 Puretech a gasolina, câmbio manual de 06 velocidades e tração dianteira. O preço sugerido - em pesos chilenos – é de $16.990.000 (o que dá cerca de R$ 103 mil em conversão direta, sem impostos).
