Os veículos híbridos estão longe de ser populares. Engatinham no mercado brasileiro, como aconteceu décadas atrás com os carros flex. O primeiro passo para esse categoria podem ser os serviços de transporte, já que representam economia para quem roda bastante. Talvez ainda demore um pouco para os carros híbridos emplacarem, mas certamente essa mistura de motor a combustão e elétrico parece ser a melhor fórmula num primeiro momento da transição do setor automotivo.
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No mundo, as vendas chegaram a apenas 1% de veículos comercializados em 2017. Mesmo assim, um número significativo de carros híbridos está sendo lançado no mercado internacional. Fora do Brasil, principalmente, eles se tornam uma alternativa mais acessível e desejada. E claro que esses carros contam com alta tecnologia.
É importante ressaltar que o chamado veículo híbrido-elétrico é identificado pela sigla HEV. Ele combina um sistema de motor de combustão interna com um sistema de propulsão elétrica. Obviamente, o objetivo é conseguir melhor economia de combustível, mas as montadoras tentam aliar também a melhora no desempenho.
Há grande variedade de tecnologias HEVs. Uma das mais populares ficou conhecida na Fórmula 1 como Kers e hoje é difundida também nos veículos híbridos. É um sistema onde os freios regenerativos convertem a energia cinética do veículo em carga elétrica constante para a bateria.
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Ou o próprio motor de combustão do veículo é usado para gerar eletricidade, recarregar e alimentar diretamente o motor elétrico. A ideia é evitar o desperdício de energia e aumentar a potência.
Já no automóvel híbrido plug-in, a bateria utilizada para alimentar o motor elétrico pode ser carregada diretamente por meio de uma tomada, mas ele possui as mesmas características de um híbrido convencional, tendo um motor elétrico e um a combustão.
Apenas os carros 100% elétricos não emitem poluentes, já que eliminam o combustível fóssil. Mas os híbridos ainda assim emitem bem menos gases tóxicos do que os carros tradicionais.
Novos modelos lançados recentemente na Europa e nos Estados Unidos poderiam fazer sucesso no Brasil. Mas é claro, que a questão fundamental é considerar se compensa um investimento maior num veículo híbrido, sem dúvida, mais caro com essa tecnologia, sem incentivos fiscais.
“Automobilismo Verde”
Toyota Yaris Hybrid
Nenhuma marca está mais associada ao “automobilismo verde “ como a Toyota. O Prius, já presente no mercado brasileiro, é o carro híbrido mais vendido do mundo. A modelo 2018 teve um avanço significativo. Ficou ainda mais eficiente em termos de economia de combustível em relação ao seu antecessor, com o interior mais espaçoso e com melhor acabamento. Inclusive tem uma versão híbrida plug-in.
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A marca japonesa terá ainda uma opção mais barata que é o Yaris Hybrid, combinando a agilidade do carro compacto com a eficiência híbrida. Esse modelo pode chegar no mercado brasileiro e tem um bom padrão de equipamentos e um interior espaçoso e prático.
Hyundai Ioniq
Entre os veículos de menor custo, o Hyundai Ioniq é uma escolha híbrida muito interessante. O Ioniq é considerado um veículo prático, inteligente e tem no Prius o seu principal competidor.
Mitsubishi Outlander PHEV
A Mitsubishi é outra marca japonesa que está tendo sucesso com o Outlander PHEV. Ele é um crossover híbrido plug-in que perde fileiras de assento em relação à versão regular, mas proporciona grande economia de combustível no uso diário.
Volkswagen Golf GTE
Entre as marcas europeias, a Volkswagen tem o Golf GTE, considerado quase tão rápido quanto a seu irmão GTI. Tem uma excelente classificação nas emissões de CO2 e uma tecnologia que permite percorrer até 50 quilômetros sem usar o motor a gasolina.
Volkswagen Passat GTE
Na linha VW, o Passat GTE é classificado como um dos melhores híbridos do mercado mundial. Sua autonomia é de cerca de 800 quilômetros com um único tanque de gasolina, combinado o uso dos dois motores. Tem uma excelente qualidade de acabamento interior e capacidade para cinco adultos confortavelmente e ainda uma boa capacidade de carga, mesmo com a bateria instalada.
Audi A3 E-Tron
Do Grupo Volkswagen, o Audi A3 E-tron é um carro hatchback familiar. Esta versão híbrida plug-in do E-tron tem uma tecnologia e desempenho similares ao Golf GTE. Mas o A3 E-Tron possui um interior mais elegante, luxuoso e confortável.
Audi Q7 E-Tron
Na linha de SUVs da Audi, o Q7 E-tron é movido por um motor a diesel acoplado a um motor elétrico integrado na caixa de câmbio. O resultado é uma faixa de 34 quilômetros, com o motor elétrico e uma excelente economia média de combustível e reduzidas taxas de emissões de CO2.
O Q7 E-tron é muito refinado em seu interior, silencioso na cidade com o motor elétrico e com baixíssimos níveis de ruído e vibração quando movido a diesel. Como os SUVs de sua categoria, ele perde a terceira fila de assentos para instalar a bateria.
BMW I8
Nas marcas premium, o BMW i8 é um carro esportivo híbrido de alto desempenho que utiliza tecnologia de ponta para oferecer uma ótimo performance e baixas emissões. Ele é considerado até mesmo uma alternativa eficiente a modelos esportivos, como o Porsche 911 e o Audi R8.
BMW I3
O i3 é outra opção da linha BMW. Como o i8, ele é construído em fibra de carbono superleve e ligas alumínio para compensar o peso de suas baterias, materiais que ajudam na economia e no desempenho do modelo.
O Pai de todos Lohner-Porsche 1901
Quando se fala em veículos de propulsão alternativa é interessante notar que Ferdinand Porshe, criador da lendária marca, desenvolveu um veículo híbrido em 1901.
O Lohner-Porshe foi um híbrido de série usando motores elétricos montados no cubo da roda, alimentado por baterias e um gerador a gasolina. Embora Ferdinand Porsche tenha lançado essa ideia, cerca de um século foi necessário para a tecnologia dos híbridos serem uma realidade.
No Brasil essa tendência ainda não chegou para valer. Há poucas ofertas que dependem, é claro, de incentivos do Governo para melhorar a sua competitividade. Mas, é sempre bom lembrar que o Brasil é um dos países signatários do Protocolo de Kyoto, que tem uma agenda ecológica que prevê a substituição gradual de veículos à combustão por carros híbridos e elétricos.