Antes de falar do novo direcionamento da JAC Motors, vale mencionar o bom momento que vivemos. O mercado brasileiro de automóveis encerrou o ano de 2017 exibindo franca recuperação. Em dezembro, o total de emplacamentos foi de 204.691 unidades de automóveis e comerciais leves, registrando aumento de 2,9% quando comparado às vendas do mesmo mês em 2016, com 199.013 veículos. No acumulado de 2017, as vendas somam 2.172.449 unidades, o que dá um crescimento de 9,4% quando observado o volume de 2016 (1.986.424 unidades).
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Considerando que novembro de 2017 anotou 197.247 unidades, tivemos um aumento em dezembro de 3,8% em relação ao mês anterior. Mas é preciso ressaltar que novembro teve 19 dias úteis contra 20 em dezembro. Se compararmos as vendas por dia útil, portanto, tivemos 10.381 unidades em novembro contra 10.235 unidades no mês seguinte, o que indica ligeira retração de 1,4%. Contra dezembro de 2016, as vendas por dia útil tiveram o sólido aumento de 8,1%. É aí que entra o empresário Sérgio Habib, presidente da JAC Motors no Brasil.
O executivo dá um exemplo concreto para explicar esse fenômeno. Segundo ele, o cliente que entrou numa concessionária JAC em março de 2017, disposto a adquirir um T5 (cerca de R$ 70 mil), dando 30% de entrada e financiando o saldo em 48 vezes, arcava com um prestação mensal de R$ 1.477. Em dezembro, no entanto, o mesmo modelo de negócio já rendia um pagamento mensal de R$ 117 a menos.
Tanto que Sergio Habib prevê um crescimento de 15% para 2018. “Teremos uma Selic de 7% não somente no finalzinho do ano, como foi em 2017, mas a tendência é que prevaleça essa taxa durante 2018 inteiro. E há muito represamento de consumo. Há milhares de brasileiros que compraram carros em 2012, 2013 e 2014 que queriam trocar por um zero km em 2017, mas ficavam receosos com o custo do crédito. Eles vão comprar agora”, aposta.
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Otimismo para o futuro
E de olho no futuro do mercado brasileiro de automóveis, finalmente a JAC anunciou a sua fábrica no Brasil, que deverá estar produzindo dentro de dois anos. A JAC ocupará as instalações de uma fábrica que antes produzia uma marca japonesa, no Estado de Goiás, mas dela usará apenas as instalações. Todo o maquinário e ferramental virá da China, fornecido pela própria JAC. O investimento total será de R$ 200 milhões, com geração de 820 empregos diretos e indiretos. A planta terá capacidade para produzir 35 mil unidades ao ano.
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Entusiasmado com esse largo passo dado pela empresa, Habib expôs ao governador o expressivo crescimento em 2017, em que a JAC Motors registra 40% de aumento nas vendas contra 11% de todo o mercado. “Para 2018, devemos dobrar o volume de 2017, chegando a 8 mil unidades”, acentuou Habib, lembrando que, em 2017, a marca vem sofrendo com a limitação imposta pelas cotas do Inovar-Auto, prestes a ser substituído pelo Rota 2030, novo regime automotivo. “Voltaremos a vender em 2018 o que tivermos competência para vender, não aquilo que a lei impõe como limite”, disse Habib.