O scooter Honda Elite chegou há mais de dois anos para se tornar o modelo de entrada da família de scooteres da Honda, substituindo o Honda Lead 110. Um grande passo na evolução. Mas seu principal concorrente, o Yamaha Neo 125, está na frente, nesse páreo, com número de vendas que chegam a ser três vezes maior. Apesar de uma boa recuperação no último mês, ainda assim o rival se mantém na dianteira, mesmo custando um pouco mais.
Dentro da própria Honda , o scooter PCX 150 , que custa bem mais que o Elite, vende três vezes mais. Isso sem contar o novo ADV, que, sozinho, ainda vende o dobro. O que está, então, restringindo a preferência do publico “escuteiro” pelo simpático Honda Elite?
Não é preço, já que o Elite é o scooter mais barato do mercado , entre os mais vendidos. Nem a praticidade, pois seu tamanho compacto lhe dá a agilidade necessária para o dia a dias nas grandes cidades, muito mais do que os modelos mais vendidos e mais baratos entre scooteres e cubs , que são o Honda Biz e o Honda Pop .
O desempenho do Honda Elite é bastante razoável, muito superior ao do seu antecessor Honda Lead , e isso devido ao baixo peso do conjunto. O peso de apenas 104 kg e o motor de quase 10 cv de potência, com transmissão continuamente variável CVT , são os fatores que lhe dão essa boa agilidade.
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Além disso, a praticidade. Um item muito bacana no Honda Elite, que não se encontra em scooteres de preços muitas vezes maior, é a travinha junto ao manete esquerdo , o do freio traseiro. Um pequeno ferrinho que deve custar menos de um real trava o freio, permitindo estacionar seu scooter em um aclive.
Os freios do Honda Elite têm o sistema CBS de ação combinada de acionamento, freando a roda dianteira sempre que o freio traseiro é acionado. É diferente dos CBS de outros modelos da marca, pois atua diretamente no manete direito.
O resultado é o mesmo: para frenagens de controle, no meio do trânsito, basta aplicar o manete esquerdo para ter 70% de frenagem no tambor traseiro e 30% no disco dianteiro. Para uma frenagem de emergência , é necessário aplicar também o manete direito para se ter 100% de frenagem na roda da frente.
O bom desempenho e o baixo peso do Honda Elite colaboram para que o veículo seja tão suscetível às imperfeições do piso das ruas brasileiras. Por isso, o Honda Elite não é o mais confortável dos scooteres urbanos . Entra aí, também, o pequeno curso das suspensões, aliado às rodas de pequeno diâmetro.
A suspensão dianteira tem curso de 90 mm e a traseira, 70 mm, a roda dianteira tem 12 polegadas e a traseira tem apenas 10 polegadas. Há que se tomar muito cuidado ao passar por imperfeições mais acentuadas do piso, sob o risco de se perder o controle de pilotagem . O acabamento também não é nem parecido com o dos scooteres maiores da marca.
Não há como negar que o Honda Elite é bem bonitinho. Na parte frontal, orna bem o conjunto ótico composto por dois faróis e duas luzes diurnas DLR (daytime running lamp), todas de leds, e mais os piscas de lâmpadas convencionais.
E o painel de instrumentos é totalmente eletrônico, com velocímetro digital, marcador de nível de gasolina e um interessante indicador circular de velocidade sem números. Atrás do anteparo frontal , há dois porta-objetos com capacidade de uma garrafa ou 1,5 kg cada um, mais um gancho para sacola de compras que suporta mais 1,5 kg.
O Honda Elite custa R$ R$ 9.280, menos que seu rival Yamaha Neo , que custa R$ 10.090. O Honda Elite é o sccoter mais barato da marca. Abaixo dele estão a Pop 110i, que custa R$ 6.980, e a Biz 110i, que custa R$ 8.730 (a Honda Biz 125 custa R$ 10.800).
Um degrau imediatamente acima do Honda Elite é o Honda PCX , que custa a partir de R$ 13.090. A versão Sport, que será mostrada aqui na próxima semana, custa pouco a mais, R$ 14.840.