A Honda CBR 1000RR Fireblade SP em ação no circuito Velo Cittá, em Mogi-Guaçu, no interior de São Paulo
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A Honda CBR 1000RR Fireblade SP em ação no circuito Velo Cittá, em Mogi-Guaçu, no interior de São Paulo

Já não vemos tanto pelas ruas superesportivas como a Honda CBR 1000RR Fireblade. Entre outros motivos, estão a sua cada vez mais radical utilização em pistas fechadas, em track days ou mesmo competições, e a sua pouco confortável posição de dirigir para uso urbano. Sim, é uma motocicleta muito esportiva para o uso no dia a dia e nada versátil para isso, apesar de que muitos pilotos ainda gostam de se aventurar em estradas com ela. Alguns até levam garupa, geralmente uma namorada muito apaixonada que não reclama de sentar lá em cima com as pernas completamente dobradas.

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Em uma pista, no entanto, a Honda CBR 1000RR Fireblade é o demônio sobre rodas. Daí a enorme felicidade dos jornalistas especializados quando a Honda anunciou que faria o seu lançamento oficial no circuito Velo Cittá, na cidade paulista de Mogi Guaçú.

A Honda CBR 1000RR Fireblade 2018 foi mostrada no fim do ano passado no Salão Duas Rodas, chegando para substituir versão anterior do modelo que ainda não havia mudado desde 2012. Agora as motocicletas vendidas ao público já começam a ser entregues aos seus felizes compradores.

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Paixão histórica

Em relação a este modelo, de 1992, a atual conserva o visual e a emoção ao acelerar, mas agrega modernidade e tecnologia
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Em relação a este modelo, de 1992, a atual conserva o visual e a emoção ao acelerar, mas agrega modernidade e tecnologia

O público cativo da Honda CBR 1000RR Fireblade, que sempre espera ansioso por melhorias na motocicleta, já estava ansioso pelo modelo 2018, que tem muitas novidades. Algumas dessas pessoas se apaixonaram pela primeira CBR RR que chegou ao Brasil, exatamente em 1992, e são fiéis a ela até hoje.

Eu posso dizer com toda convicção que em 1992, quando pilotei pela primeira vez a primeira representante dessa família, a Honda CBR 900RR, fiquei impressionadíssimo, a ponto de considerar a motocicleta mais radical que já havia experimentado até então. Uma motocicleta extremamente rápida em acelerações e ainda assim muito fácil de ser pilotada para aquela potência toda. Imagine agora, 26 anos depois, após tantas melhorias buscando desempenho e dirigibilidade.

A busca incessante pela excelência no desempenho, motivada entre outras coisas também pela concorrência acirradíssima nesse segmento, onde a CB 1000RR tem rivais à altura como Yamaha R1, Kawasaki ZX-10 e BMW S1000RR, está focada principalmente na redução de peso. Nesta versão 2018, a Fireblade perdeu 15 kg, chegando aos 195 kg em ordem de marcha, com otimização na estrutura, sub quadro e balança traseira, além de pequenos detalhes que reduziram o peso em muitos componentes, como parafusos menores e eixos oco de menor espessura de paredes. A carenagem teve a espessura reduzida de 2,0 mm para 1,8 mm.

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Outro ponto de otimização na nova Fireblade está na potência do motor, agora de 192 cv, 11 cv a mais. Para isso o motor ganhou novos pistões e comandos de válvulas, com melhoras no fluxo de ar e aumento da taxa de compressão (passou de 12,3:1 para 13:1).

Um terceiro aspecto mais fortemente abordado na Fireblade 2018 está no controle da motocicleta. Pela primeira vez com acelerador eletrônico (throttle-by-wire), a CBR 1000RR passa a ter um sistema eletrônico de pilotagem em vários níveis, centralizado pela unidade de medição inercial IMU. Os modos de pilotagem são 5, que ajustam o controle de tração, os freios ABS e o sistema anti-wheeling.

São três os ajustes de fábrica, Street, Winding e Track, mais dois ajustes configuráveis pelo próprio piloto, que ficam memorizados no sistema. Cada um desses ajustes permite configurar a potência do motor em cinco níveis, nove para a seleção de torque e três para o freio-motor.

A Honda CBR 1000RR Fireblade está disponível no Brasil em duas versões, a normal, que não tem nada de normal em temos de eficiência e desempenho, e a SP, que conta com alguns componentes especiais. A SP tem o escapamento e o tanque de combustível de titânio, bem mais leves (4,1 kg menos), assim como a bateria menor, de Li-On, suspensão semi-ativa Ohlins regulável eletronicamente em seis níveis (a outra tem suspensão Showa) e freios Brembo (Tokiko na standard). O melhor da CBR 1000RR SP, no entanto, é o sistema de embreagem automática quickshifter, que permite a troca de marchas ascendentes e descendentes sem precisar acionar o manete esquerdo e sem aliviar a aceleração.

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Na pista, as duas versões da CBR 1000RR se mostraram extremamente rápidas e “na mão”, logicamente a SP prometendo uma pilotagem bem mais eficiente caso pudéssemos chegar perto de seu longínquo limite de desempenho e segurança. Deixemos esse trabalho para pilotos profissionais. Mas uma coisa é muito mais divertida na SP, as mudanças rápidas de marchas com o quickshifter.

A Honda CBR 1000RR Fireblade custa R$ 69.990. A versão mais equipada SP custa R$ 79.990 e difere visualmente da standard pelas  rodas douradas e pelo quadro prateado, além de ligeira diferença no grafismo da pintura.

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