A Brasília chegou ao mercado para substituir o Fusca. Mas logo a Volkswagen percebeu que ela não faria isso, porém teria um espaço próprio no mercado. E dessa forma vendeu quase 1 milhão de exemplares, mais precisamente por volta de 950 mil unidades até sua despedida.

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A Dacon, por sua vez, é bastante conhecida pela vertente do automobilismo e também por produzir verdadeiros sonhos de consumo sobre rodas. Suas versões especiais se tornaram não apenas objetos de desejo como também representavam o que havia de melhor quando o assunto é desempenho ,na época. Nesse contexto, a Brasília acabou ganhando uma versão especial que aparece no vídeo acima.

Paulo Goulart, fundador da Dacon, era um visionário. Logo percebeu com o conhecimento adquirido nas pistas pela lendária equipe de corrida poderia preparar algo especial e exclusivo para um público que podia – e queria – gastar em um carro exclusivo para um público que queria algo a mais do que era oferecido pelas fabricantes num tempo em que as importações de carros estavam proibidas no mercado brasieliro.

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Dessa forma de lá saíram versões apimentadas do Fusca, Karmann-Ghia, que também podia receber mecânica Porsche, além do Passat, um novo modelo com motor refrigerado a água e que fazia sucesso no mercado. Foi o primeiro do gênero feito pela Volkswagen no Brasil. O Passat, de 1974, também estreou os pneus radiais entre os modelos nacionais. 

O que mudou?

Volkswagen Brasília Dacon: rodas com estilo do Porsche 914, teto solar e pintura preta estão entre os itens exclusivos
Renato Bellote/iG
Volkswagen Brasília Dacon: rodas com estilo do Porsche 914, teto solar e pintura preta estão entre os itens exclusivos

As modificações iam desde a cor da carroceria até algo mecânico mais complexo. Nesse sentido vale salientar os sobre-aros, rodas de tala larga e opções cheias de estilo e personalidade. No motor carburadores duplos, com as tradicionais cornetas, além de cabeçotes rebaixados para envenenar as máquinas. Eram os recursos que haviam na época para aumentar a potência dos motores.

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Uma característica dos modelos especiais era justamente a cor preta da carroceria, algo que as fábricas não faziam de série. Dessa forma a Brasília da matéria faz um tributo à versão Dacon de maneira bastante completa e bem montada, além de chamar atenção pela rua. Esse conjunto aliado ao tradicional prazer de dirigir completam o pacote de forma exemplar.

No interior, a Brasilia Dacon vinha com instrumentos baseados no estilo da Porsche da época e bancos revestidos de couro, como parte de um pacote mais caprichado de acabamento. Por fora havia também uma luz de neblina traseira, também numa alusão aos esportivos de Stuttgart (Alemanha), mais notadamente o lendário cupê 911. 

Curtiram a Brasília ? Em breve trarei aqui na coluna uma matéria bem interessante com outro modelo refrigerado a ar preparado no melhor estilo Dacon: um Fusca com motor de Porsche 356. E também um raro Karmann-Ghia. Fiquem ligados. Até a próxima semana!

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