Geralmente, falamos sobre carros antigos neste espaço. Mas uma das minhas paixões platônicas também inclui modelos com duas rodas. Isso sem falar, eventualmente, em barcos clássicos e outras coisas que acabam despertando o interesse de qualquer entusiasta de motores e história.
A Honda CBX 750 F se tornou um ícone da juventude no mercado brasileiro. Pudera, pois ela chegou por aqui durante um período de importações fechadas. A marca japonesa conseguiu uma autorização do governo para trazer um lote pequeno com promessa de produção nacional no ano seguinte. E deu muito certo.
O ano de 1987 marcou o início dessa produção nacional. A moto tinha uma personalidade bastante própria, com destaque para as rodas de 18 polegadas e freios bastante eficientes para o padrão da época, com dois discos na roda dianteira e um disco simples na traseira.
Um dos destaques da CBX 750 F era a ciclística. A posição de pilotagem é bastante confortável e permite pilotar por algumas horas sem muito cansaço. É uma posição semi-deitada que permite um encaixe bem acertado para o condutor e um eventual garupa.
Mas, sem dúvida, um dos ingredientes dessa receita de sucesso era o ronco único do motor de quatro cilindros de 747 cm³ de cilindrada e 82 cv . O escapamento original já fazia muita gente sonhar e, no caso desse exemplar de 1988, traz uma customização bastante comum: o escapamento quatro em um, que deixa o ronco ainda mais estridente.
Durante os anos em que foi vendida no Brasil, de 1986 até 1994, a 750 F acabou fazendo parte do imaginário, especialmente dos mais jovens. Era uma esportiva cara, trazia o ágio aplicado no preço da motocicleta e se tornou um sonho dos mais afortunados.
Nesse período, surgiram algumas opções de cores e mudanças que salientaram ainda mais o perfil jovem da 7 galo. E também vários apelidos pelos quais ela ficou conhecida, de acordo com a pintura, entre eles Rothmans e Hollywood . De qualquer forma, a Honda produziu um clássico que segue como sonho de consumo de todos aqueles que amam a vida sobre duas rodas.