Quando você menos espera, aquele hatchback que outrora fora criado apenas para ser um esportivo acessível faz 27 anos e alcança valor recorde em um leilão. Aconteceu com um Peugeot 205 GTI 1989 na Inglaterra, na semana passada. O novo dono desembolsou 30.938 libras (R$ 126.106), 12.000 libras (R$ 48.913) a mais do que o estimado, por um exemplar com apenas 12.777 quilômetros rodados.
É o segundo recorde para um Peugeot 205 GTI neste ano. Em abril, um exemplar vermelho 1991 – e assim como o prata da Silverstone Auctions equipado com o motor 1.9 – foi arrematado por 25.200 libras durante um evento da Anglia Car Auctions.
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Mas quem o 205 GTI pensa que é? O primeiro, lançado em 1984, levava motor 1.6 de 115 cv. Dois anos depois veio 1.9 de 130 cv, que fazia de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos. Eram apelidados de “Pequeno Pug”. Havia ainda o T16 , de 450 cv, que papou os títulos de 1985 e 1986 do Campeonato Mundial de Rali e cuja versão de rua, com 200 cv, ficou conhecida como “L`Enfant Terrible”, a criança terrível.
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Darryl Sleath, escritor e restaurador de carros antigos, uma vez disse que o pequeno francês “talvez tenha sido o hot hatch mais dinâmico da década de 1980”. Quando conheceu o 205 GTI, a revista (bíblia) inglesa Autocar declarou que o modelo ”veio para definir novos padrões em termos de agilidade”. Em 1990, a também inglesa Car classificou o hatch como o carro da década. Tudo isso enfrentando gente grande, como VW Golf GTI , Ford Escort RS e Opel Astra GTE.
Hot hatches estão em alta. Por aqui, nunca tivemos uma safra tão rica: Fiat 500 Abarth , Renault Sandero R.S ., Citroën DS 3, Volkswagen Up TSI e Peugeot 208 GT . Todos querendo ser como o mito.